Impacto da pandemia do covid-19 no diagnóstico e tratamento do câncer de colo de útero: um estudo retrospectivo brasileiro
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DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103iesp.e-222670Palavras-chave:
Neoplasia Cervical uterina, histerectomia, Covid-19Resumo
Introdução: A pandemia do Covid-19 representou uma crise nos sistemas de saúde. O impacto dos seus efeitos no diagnóstico e tratamento de doenças malignas incidentes, como o cancro do colo do útero, pode ser evidenciado em métricas. Materiais e métodos: Nesta coorte, foi realizada uma análise comparativa retrospectiva e quantitativa de séries temporais, entre 2014 e 2022, com os dados totais de diagnósticos e histerectomias realizadas para tratamento de neoplasias cervicais malignas, por meio do Departamento de Informática da Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: De 2014 a 2022, o Brasil registrou 173.300 casos de neoplasias cervicais malignas. Foram examinadas tendências crescentes no número de diagnósticos anuais, com diminuição do padrão entre 2019 e 2020, coincidindo com o período pandêmico. Da mesma forma, o número total de histerectomias, principal tratamento para o cancro do colo do útero, foi afetado. Entre 2014 e 2019, foram realizadas em média 53.652 cirurgias anualmente. Contudo, em 2020 caiu para 30.698 (40,2%) intervenções comparado a 2019. Conclusão: No período de 2019 a 2020, ocorreram reduções substanciais no número de procedimentos coincidentes com a pandemia da COVID-19. Consequentemente, os dados sugerem atraso no diagnóstico e tratamento cirúrgico das neoplasias cervicais, impactando resultados clínicos relevantes e sobrevida global.
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Referências
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