Impacto da dor inguinal na qualidade de vida após herniorrafia inguinal unilateral
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i2e-225670Palavras-chave:
Hérnia inguinal, Dor crônica, Qualidade de vidaResumo
A hérnia da parede abdominal é ocasionada pela protrusão do conteúdo da cavidade abdominal até o espaço subcutâneo através de um orifício chamado de anel herniário. A hérnia inguinal representa o tipo mais comum de hérnia, correspondendo a 75% do total e acomete mais comumente os homens. O tratamento indicado é a herniorrafia e a técnica mais recomendada é a de Lichtenstein. Com o desenvolvimento das técnicas de livre tensão, os índices de recidivas diminuíram e, atualmente, a inguinodinia é a complicação mais frequente da hernioplastia inguinal. Dessa forma, o presente estudo objetivou avaliar a ocorrência de inguinodinia, em pacientes submetidos à herniorrafia inguinal no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória, e seus impactos na qualidade de vida. Trata-se de um estudo coorte concorrente prospectivo em que foram selecionados pacientes atendidos no ambulatório de cirurgia geral do Hospital Santa Casa De Misericórdia De Vitória, submetidos à cirurgia de herniorrafia inguinal unilateral pela técnica de Lichtenstein, entre os dias 14 de junho de 2022 e 30 de abril de 2023. Os pacientes selecionados foram submetidos a aplicação de 4 questionários em momentos distintos, com posterior análise estatística e tabelamento de dados. A incidência de inguinodinia observada no serviço durante o período desse estudo foi de 17,6%. Naqueles pacientes definidos com inguinodinia, observou-se impacto negativo na qualidade de vida em mais da metade desses. Diante desses dados, a elaboração de trabalhos comparativos entre tratamentos multimodais e a duração do alívio álgico é imperativa para melhor manejo em tratamentos futuros de inguinodinia.
Downloads
Referências
Barbosa CA, Oliveira DC, DE-Melo-Delgado NM, Mafra JGD, Santos RSD, Moreira WC. Inguinodynia: review of predisposing factors and management. Rev Col Bras Cir. 2021;47:e20202607. Doi: 10.1590/0100-6991e-20202607
Miller HJ. Inguinal Hernia: Mastering the Anatomy. Surg Clin North Am. 2018;98(3):607-21. Doi: 10.1016/j.suc.2018.02.005
Dias BG, Santos MPD, Chaves ABDJ, Willis M, Gomes MC, Andrade FT, et al. Inguinodynia in patients submitted to conventional inguinal hernioplasty. Rev Col Bras Cir [Internet]. 2017;44(2):112-5. Doi: https://doi.org/10.1590/0100-69912017002001
Sekhon Inderjit Singh HK, Massey LH, Arulampalam T, Motson RW, Pawa N. Chronic groin pain following inguinal hernia repair in the laparoscopic era: Systematic review and meta-analysis. Am J Surg. 2022;224(4):1135-49. Doi: 10.1016/j.amjsurg.2022.05.005
van den Dop LM, den Hartog FPJ, Sneiders D, Kleinrensink G, Lange JF, Gillion JF, et al. Significant factors influencing chronic postoperative inguinal pain: A conditional time-dependent observational cohort study. Int J Surg. 2022;105:106837. Doi: 10.1016/j.ijsu.2022.106837.
Sá K, Baptista AF, Matos MA, Lessa I. Prevalência de dor crônica e fatores associados na população de Salvador, Bahia. Rev Saúde Pública [Internet]. 2009;43(4):622-30. Doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102009005000032.
Kanematsu JS, Atanazio B, Cunha BF, Caetano LP, Arada DMT. Impacto da dor na qualidade de vida do paciente com dor crônica. Rev Med (São Paulo). 2022;101(3):e-192586. Doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v101i2e-192586
Leveille SG, Zhang Y, McMullen W, Kelly-Hayes M, Felson DT. Sex differences in musculoskeletal pain in older adults. Pain. 2005;116(3):332-38. Doi: 10.1016/j.pain.2005.05.002
Maliska G, Mello ALP, Amaral RP, Bischoff C. Avaliação do impacto da dor crônica na qualidade de vida dos pacientes antes e após hernioplastia inguinal. Rev Med (São Paulo). 2019;98(1):40-5. Doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i1p40-45
Castro GRA, Zilles A, Gazzola LD, Barros RB, Sadowski JA, Guetter CR. Laparoscopic inguinal hernia repair: the long-term assessment of chronic pain and quality of life. ABCD [Internet]. 2022;35:e1695. Doi: https://doi.org/10.1590/0102-672020220002e1695.
Poobalan AS, Bruce J, Smith WC, King PM, Krukowski ZH, Chambers WA. A review of chronic pain after inguinal herniorrhaphy. Clin J Pain. 2003;19(1):48-54. Doi:10.1097/00002508-200301000-00006
Minossi JG, Minossi VV, Silva AL. Manejo da dor inguinal crônica pós-hernioplastia (inguinodinia). Rev Col Bras Cir [Internet]. 2011;38(1):59-65. Doi: https://doi.org/10.1590/S0100-69912011000100011
Bande D, Moltó L, Pereira JA, Montes A. Chronic pain after groin hernia repair: pain characteristics and impact on quality of life. BMC Surg. 2020;20(1):147. Doi: 10.1186/s12893-020-00805-9
Claus CMP, Oliveira FMM, Furtado ML, Azevedo MA, Roll S, Soares G, et al. Orientações da Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH) para o manejo das hérnias inguinocrurais em adultos. Rev Col Bras Cirur. 2019;46(4):e20192226. Doi: https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192226
Aasvang EK, Gmaehle E, Hansen JB, Gmaehle B, Forman JL, Schwarz J, et al. Predictive risk factors for persistent postherniotomy pain. Anesthesiology. 2010;112(4):957-969. Doi: 10.1097/ALN.0b013e3181d31ff8.
Organização Mundial da Saúde; 1946; Nova Iorque, assinado em 1948. https://www.scielo.br/j/abcd/a/NSCqttsZFKW9cr4k33sZmMw/#
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Gabriel Cesquim Lopes, Raquel Borges Mangaraviti, João Guilherme Vianna Dall’Orto Marques, Fernando Henrique Rabelo Abreu Dos Santos, Julia Dal Bem Assad, Pedro Canal Pimentel

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.