Relato de caso: contribuições de achados não neurológicospara o diagnóstico precoce da esclerose tuberosa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i6e-227659Palavras-chave:
Terapêutica, Diagnóstico, Achados não neurológicos, Hamartomas, Complexo da esclerose tuberosa, Esclerose tuberosaResumo
A esclerose tuberosa é uma doença genética que pode levar ao acometimento neurológico e a déficits cognitivos. Ela se manifesta clinicamente por hamartomas multissistêmicos, especialmente no cérebro, rins, coração, pele e pulmões, gerando disfunção desses órgãos. O presente relato descreve um caso de esclerose tuberosa em paciente pediátrico, com lesões neurológicas, rabdomiomas cardíacos e epilepsia, com o objetivo de demonstrar que achados não neurológicos podem contribuir para o diagnóstico dessa doença. Foi realizada uma busca na literatura em bases de dados, resultando na seleção de 12 artigos compatíveis, publicados entre 2010 e 2023. Trata-se de um paciente do sexo masculino com alterações cardíacas, sistêmicas e dermatológicas desde o nascimento, que, após o diagnóstico, apresentou regressão do desenvolvimento cognitivo e da fala. O presente relato descreve as alterações cardíacas, sistêmicas e dermatológicas associadas ao caso que podem auxiliar o profissional de saúde no diagnóstico precoce da doença. É de grande importância atentar-se aos critérios diagnósticos, tanto clínicos quanto genéticos, assim como estabelecer um tratamento adequado, a fim de evitar complicações como perturbações do comportamento e epilepsia, presentes na maioria dos casos desse complexo. A suspeita baseada em critérios clínicos, associada a exames complementares, permite o diagnóstico e a terapêutica precoces, com o objetivo de evitar alterações cognitivas, respiratórias, cardíacas, renais e neurológicas. Além disso, o acompanhamento adequado e a abordagem multidisciplinar impactam diretamente na qualidade de vida do paciente e de seus cuidadores.
Downloads
Referências
Almeida LGD. Estudo mutacional em pacientes com o complexo da esclerose tuberosa [dissertação de mestrado]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências; 2014. Doi: 10.11606/D.41.2014.tde-09122014-085619.
Pereira CCDS, Dantas FDG, Manreza MLG. Clinical profile of tuberous sclerosis complex patients with and without epilepsy: a need for awareness for early diagnosis. Arq Neuropsiquiatr. 2022;80(10):1004-1010. Doi: 10.1055/s-0042-1758456.
Pinto, Anna L R. Neurological manifestations of tuberous sclerosis complex: the importance of early diagnosis.” “Manifestações neurológicas do complexo da esclerose tuberosa: a importância do diagnóstico precoce. Arq Neuro-Psiquiat. 2022;80(10): 983-4. Doi:10.1055/s-0042-1759689.
Nogueira DA. Os produtos dos genes Tsc1 e Tsc2 em processos neurodegenerativos [tese de doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Instituto de Biociências; 2016. https://teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde09122016154805/publico/DeborahAzziNogueira_Simplificada.pdf
Dragoumi P, O'Callaghan F, Zafeiriou DI. Diagnosis of tuberous sclerosis complex in the fetus. Eur J Paediatr Neurol. 2018;22(6):1027-34. Doi: 10.1016/j.ejpn.2018.08.005.
Morais TVG, Geraldelli TV, Gonçalves GRF, Barsam FG, Gonçalves JGF. Rabdomioma: relato de caso neonatal do HC-UFTM. Resid Pediatr. 2020;10(2):1-4. Doi: 10.25060/residpediatr-2020.v10n2-71.
Santalha M. Esclerose tuberosa: diagnóstico, seguimento e tratamento. Acta Pediatr Port. Sociedade Portuguesa de Pediatria. 2013. https://ojs.pjp.spp.pt/article/view/2469.
Perez EG, Paranaíba LR, Bonan PR, Orsi Júnior JM, Oliveira AM, Martelli Júnior H. Esclerose tuberosa: avaliação de miofibroblastos em angiofibromas cutâneos - relato de caso. An Bras Dermatol. 2010;85(1):84-8. Doi: 10.1590/S0365-05962010000100013.
Northrup H, Aronow ME, Bebin EM, et al. Updated International Tuberous Sclerosis Complex Diagnostic Criteria and Surveillance and Management Recommendations. Pediatr Neurol. 2021;123:50-66. Doi: 10.1016/j.pediatrneurol.2021.07.011.
Soares FD, Zamilute I, Reis F. Esclerose tuberosa. Dr.Pixel. Campinas: Dr Pixel; 2016. https://drpixel.fcm.unicamp.br/conteudo/esclerosetuberosa#:~:text=A%20esclerose%20tuberosa%20(ET)%20%C3%A9,%2C%20pulm%C3%A3o%2C%20cora%C3%A7%C3%A3o%20e%20pele.
Northrup H, Krueger DA; International Tuberous Sclerosis Complex Consensus Group. Tuberous sclerosis complex diagnostic criteria update: recommendations of the 2012 International Tuberous Sclerosis Complex Consensus Conference. Pediatr Neurol. 2013;49(4):243-54. Doi: 10.1016/j.pediatrneurol.2013.08.001
Carbonera LA, Lajús JAS, Rodrigues CFA. Esclerose Tuberosa – Relato de Caso. Doi: 10.4181/RNC.2013.21.862.4p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ceília Barbosa Buck, Saraia Paulino Da Silva Navarro, Patrícia Ucelli Simioni, Talita Bonato de Almeida

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.