Aspecto linear da hanseníase borderline em paciente do sexo feminino: uma apresentação atípica de lesão no tegumento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i5e-231502Palavras-chave:
Hanseníase, Lesão linear, Trajeto ulnar, dimorfaResumo
A hanseníase é uma infecção crônica dependente da reação imunológica de cada hospedeiro e sua imunopatologia de caráter inflamatório caracteriza-se pelo acometimento neural e dermatológico bem como sequelas motoras potencialmente irreversíveis. O caso em questão é de uma paciente de 17 anos, fototipo IV, diagnosticada com hanseníase que evoluiu com uma placa hipocrômica e eritematosa, infiltrada em formato linear de seguimento do trajeto ulnar juntamente com a mão em garra no membro superior direito. Foram realizados exames complementares como o anatopatológico que confirmou o diagnóstico de hanseníase dimorfa dimorfa (DD) e durante o segundo mês de seguimento clínico, o exame beta HCG da paciente teve resultado positivo para gravidez. Estudos indicam que a variada apresentação cutânea da hanseníase, especialmente na forma DD, deve-se à resposta imunológica intensamente variável dessa forma clínica, que apresenta uma oscilação entre os dois polos da doença, multibacilar e paucibacilar. Esta lesão hansênica apresenta um aspecto singular que não é retratado na literatura, sendo necessário maior aprofundamento dessas diferentes manifestações no tegumento para evitar o diagnóstico médico errôneo e implementar o tratamento precocemente.
Downloads
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em saúde. Boletim Epidemiológico: Hanseníase. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim_hanseniase-2023_internet_completo.pdf/view.
BRASIL. Guia de Vigilância em Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.294. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf.
Lastória JC, Abreu Mamm. Hanseníase:diagnóstico e tratamento. Diagn Tratamento. 2012;17(4):173-9. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-666961.
Pinheiro RO, Souza Salles J, Samo EM, Sampaio EP. Mycobacterium Leprae–Host-Cell Interactions and Genetic Determinants in Leprosy: An Overview. Future Microbiology. 2011;6(2):217-30. Doi: https://doi.org/10.2217/fmb.10.173.
Pires CAP, Chaves EC, Salmen CF, Balieiro ABR, Santos MBL, Araújo Filho GG, et al. Análise do Perfil Clínico- Epidemiológico da Hanseníase no Pará e Avaliação dos Indicadores de Saúde. Rev Eletr Acervo Saúde. 2019;27:e899. Doi: https://doi.org/10.25248/reas.e899.2019.
Azulay RD. Dermatologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2022.
Lopes VAS, Rangel EM. Hanseníase e Vulnerabilidade Social: uma Análise do Perfil Socioeconômico de Usuários em Tratamento Irregular. Saúde em Debate. 2014;38(103). Doi: https://doi.org/10.5935/0103-1104.20140074 .
Helmer KA, Fleischfresser I, Kucharski-Esmanhoto LD, Fillus Neto J, Santamaria JR. Fenômeno de Lúcio (Eritema Necrosante) na Gestação. An Bras Dermatol. 2004;79(2):205-10. Doi: https://doi.org/10.1590/s0365-05962004000200009 .
Amorim GM, Maestri T, Oppitz A, Leye M, Merini FL, Vignatti LJ. Hanseníase virchowiana e eritema nodoso hansênico em gestante de 34 semanas sem diagnóstico prévio. Rev Med, São Paulo, Brasil. 2022;101(1):e-170709. Doi: 10.11606/Issn1679-9836.V101i1e-170709.
Ozturk Z, Tatliparmak A. Leprosy treatment during pregnancyand breastfeeding: a case report and brief review of literature. Dermatol Ther. 2017;30:1-2. Doi: 10.1111/dth.12414.
Ministério da Saúde. Portaria n º 1073/GM de 26 de setembro de 2000. Publicada no D.O.U. - 100-E - página 18 - Seção 1 de 28 de setembro de 2000.
Ridley DS, Jopling WH. Classification of leprosy according to immunity: a five-group system. Int J Lepr Other Mycobact Dis. 1966;34:255-73. PMID: 5950347.
Mendonça VA, Costa RD, Melo G, Antunes CM, Teixaeira AL. Imunologia da Hanseníase. An Bras Dermatol. 2008;83(4): 343-50. Doi: https://doi.org/10.1590/S0365-05962008000400010.
Goulart IMB, Penna GO, Cunha G. Imunopatologia da hanseníase: a complexidade dos mecanismos da resposta imune do hospedeiro ao Mycobacterium leprae. Rev Soc Bras Med Trop [Internet]. 2002;35(4):363-75. Doi: https://doi.org/10.1590/S0037-86822002000400014.
Unterstell N, Machado PV, Obadia DL, Alves MFGS, Daxbacher E. Relato de Caso de Hanseníase Tuberculoide: Discussão Dos Achados Clínicos E Semióticos. Rev Hosp Univer Pedro Ernesto. 2011;10(1):24-9 . https://www.researchgate.net/publication/277712851_RELATO_DE_CASO_DE_HANSENIASE_TUBERCULOIDE_DISCUSSAO_DOS_ACHADOS_CLINICOS_E_SEMIOTICOS.
Molho-Pessach V, Schaffer JV. Blaschko lines and other patterns of cutaneous mosaicism. Clin Dermatol. 2011;29(2):205-25. Doi: 10.1016/j.clindermatol.2010.09.012
Chetan R, Shailesh M. Mid borderline leprosy in type Bα Blaschko linear pattern: a rare phenomenon. Int J Dermatol. 2019;58(6):729-32. Doi: 10.1111/ijd.14274.
Liegeon AL, Reigneau M, Rivail J, Bauvin O, Cuny JF, Schmutz JL. Lèpre tuberculoïde de disposition linéaire blaschkoïde: une présentation exceptionnelle [Linear tuberculoid leprosy along the lines of Blaschko: a very rare presentation]. Ann Dermatol Venereol. 2015;142(4):266-9. Doi: 10.1016/j.annder.2015.01.005.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Nivin Mazen Said, Airton Kenji Motizuki, Nirlando Igor Fróes Miranda, Marília Brasil Xavier

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.