Perfil de pacientes com melhor resposta ao alprostadil na doença arterial obstrutiva periférica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3e-234706Palavras-chave:
Doença Arterial Obstrutiva Periférica, Alprostadil, Tratamento, Evolução ClínicaResumo
Introdução: A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) é uma condição caracterizada pelo estreitamento das artérias periféricas devido à aterosclerose, levando à obstrução do fluxo sanguíneo e claudicação intermitente. Embora os tratamentos de primeira linha sejam cirúrgicos, pacientes com contraindicações necessitam de terapias medicamentosas, como o alprostadil (PGE-1). Objetivo: Identificar o perfil clínico de pacientes com DAOP e comorbidades associadas que se beneficiam do alprostadil como terapia de escolha. Metodologia: Revisão de literatura descritiva, analisando 15 artigos nas bases Medline, SciELO, Latindex, LILACS e Google Scholar, incluindo publicação dos últimos 25 anos em revistas de impacto internacional, com os descritores “Doença Arterial Obstrutiva Periférica", "Alprostadil", "Tratamento" e "Evolução Clínica", excluindo estudos com inconsistências metodológicas ou que abordavam outras manifestações da aterosclerose. Resultados: O alprostadil demonstrou benefícios para pacientes com DAOP grave (estágios III e IV), com redução da dor, aceleração da cicatrização de úlceras e diminuição das taxas de amputação, conforme observado em 7 artigos. Em pacientes com DAOP associada a Diabetes Mellitus, 4 estudos indicaram melhorias adicionais. Para pacientes em hemodiálise, 1 estudo não encontrou benefícios significativos. Para claudicação intermitente, 2 artigos relataram redução da dor e aumento da distância percorrida. Discussão: Os resultados mostram que o alprostadil é eficaz no tratamento de DAOP grave, acelerando a cicatrização de úlceras e reduzindo amputações. Pacientes com Diabetes Mellitus também se beneficiaram, sugerindo uma resposta positiva adicional. Para DAOP em estágios iniciais, o alprostadil apresenta benefícios limitados, favorecendo o tratamento cirúrgico. Em pacientes em hemodiálise, os resultados não foram satisfatórios, indicando a necessidade de alternativas terapêuticas. Conclusão: O alprostadil beneficia pacientes com DAOP avançada e comorbidades associadas, como o Diabetes Mellitus, mas não é eficaz para pacientes em hemodiálise. Mais estudos são necessários para avaliar o uso do alprostadil em estágios iniciais da DAOP e outras condições clínicas.
Downloads
Referências
Vasconcelos MLDN, De Oliveira WB, Dos Santos BG, Amorim J da S, De Castilho RFS, Ferreira Junior EB, et al. Doença arterial obstrutiva periférica - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico. Braz J Health Review. 2023;6(3):11204-18. https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/download/60277/43567/145800. Doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv6n3-223
Aboyans V, Ricco JB, Bartelink MLEL, Björck M, Brodmann M, Cohnert T, et al. 2017 ESC Guidelines on the Diagnosis and Treatment of Peripheral Arterial Diseases, in collaboration with the European Society for Vascular Surgery (ESVS). Europ Heart J. 2017;39(9):763–816. https://academic.oup.com/eurheartj/article/39/9/763/4095038. Doi: 10.1093/eurheartj/ehx095
Miranda F, Covre M, Presti C. Projeto Diretrizes SBACV Doença Arterial Periférica Obstrutiva de Membros Inferiores Diagnóstico e Tratamento Planejamento e Elaboração - Gestões 2012/2015 Elaboração final: novembro de 2015 Participantes: Responsável pelo Projeto Diretrizes da SBACV: Calógero Presti Coordenação geral [Internet]. https://sbacv.org.br/wp-content/uploads/2018/02/daopmmii.pdf.
Reiter M, Bucek RA, Stümpflen A, Minar E. Prostanoids for intermittent claudication. The Cochrane database of systematic reviews [Internet]. 2004;(1):CD000986. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/14973962/. Doi: 10.1002/14651858.CD000986.pub2
Lawall H, Pokrovsky A, Checinski P, Ratushnyuk A, Hamm G, Randerath O, et al. Efficacy and Safety of Alprostadil in Patients with Peripheral Arterial Occlusive Disease Fontaine Stage IV: Results of a Placebo Controlled Randomised Multicentre Trial (ESPECIAL). Europ J Vasc Endovasc Surg. 2017;53(4):559-66. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28189475/. DOI: 10.1016/j.ejvs.2016.12.035
Vietto V, Franco JV, Saenz V, Cytryn D, Chas J, Ciapponi A. Prostanoids for critical limb ischaemia. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2018;10;2018(1). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29318581/. Doi: 10.1002/14651858.CD006544.pub3
Calil M, Walter B, Júnior C. Consenso e Atualização no Tratamento da Doença Arterial Obstrutiva Periférica. https://sbacv.org.br/wp-content/uploads/2021/03/consenso-e-atualizacao-no-tratamento-da-daop.pdf.
Tesloianu DN, Morosanu C, Roata EC, Sorodoc L. Comparison Between Alprostadil and Iloprost in Intravenous Treatment of Patients With Chronic Peripheral Arterial Disease. Maedica. 2016;11(3):186-90. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28694851/.
Gornik HL, Aronow HD, Goodney PP, Arya S, Luke Packard Brewster, Byrd L, et al. 2024 ACC/AHA/AACVPR/APMA/ABC/SCAI/SVM/SVN/SVS/SIR/VESS Guideline for the Management of Lower Extremity Peripheral Artery Disease: A Report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on Clinical Practice Guidelines. Circulation. 2024;149(24). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38743805/. Doi: 10.1161/CIR.0000000000001251
Amendt K. PGE1 and Other Prostaglandins in the Treatment of Intermittent Claudication: A Meta-analysis. Angiology. 2005;56(4):409-15. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16079924/. DOI: 10.1177/000331970505600408
Heidrich H, Schmidt T, Fahrig C. Are there predictors for the outcome of a PGE1 treatment in peripheral arterial disease with critical limb ischaemia? Vasa. 2005;34(2):101-7. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15968891/. Doi: 10.1024/0301-1526.34.2.101
Frank U, Nikol S, Belch J, Boc V, Brodmann M, Carpentier PH, et al. ESVM Guideline on peripheral arterial disease. Vasa. 2019;48(Supplement 102):1-79. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31789115/. Doi: 10.1024/0301-1526/a000834
Patel J, Shah P, Gandhi F. Beneficial Effects of Alprostin in Patients with Critical Limb Ischemia with Peripheral Arterial Disease. Indian Journal of Vascular and Endovascular Surgery. 2022;9(1):18-21. https://journals.lww.com/ijvs/fulltext/2022/09010/beneficial_effects_of_alprostin_in_patients_with.4.aspx. Doi: 10.4103/ijves.ijves_51_21
Barnes JA, Eid MA, Creager MA, Goodney PP. Epidemiology and Risk of Amputation in Patients With Diabetes Mellitus and Peripheral Artery Disease. Arteriosclerosis, Thromb Vasc Biol. 2020;40(8). https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32580632/. Doi: 10.1161/ATVBAHA.120.314595
Achim A, Stanek A, Calin Homorodean, Mihail Spinu, Horea-Laurentiu Onea, Lazar FL, et al. Approaches to Peripheral Artery Disease in Diabetes: Are There Any Differences? Int J Environ Res Public Health. 2022;19(16):9801-1. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36011445/. Doi: 10.3390/ijerph19169801
Neagu C, Doran H, Buzea A, Agache A, Georgescu D, Patrascu T. Algorithm of Medical-Surgical Treatment in the Peripheral Arterial Disease of the Diabetic Patient. Maedica. 2020;15(3):310-7. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33312245/. Doi: 10.26574/maedica.2020.15.3.310
Yin H, Wan Q. Efficacy and Mechanism of Alprostadil in Diabetes Mellitus Combined with Peripheral Atherosclerosis. Anat J Cardiol. 2024;28(11):10.14744/AnatolJCardiol.2024.4582. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39292156/. Doi: 10.14744/AnatolJCardiol.2024.4582
Horváth L, Imre Boncz, Zsuzsanna Kívés, Gergely Fehér, Noémi Németh, Fanni Luca Kajos, et al. Disease-Specific Quality of Life among Patients with Peripheral Artery Disease in Hungary. International journal of environmental research and public health. Int J Environ Res Public Health. 2023;20(4):3558-8. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36834250/. Doi: 10.3390/ijerph20043558
Machado-Alba JE, Machado-Duque ME. Use of intravenous alprostadil in patients with severe critical ischemia of the lower limbs. Vascular. 2018;27(3):318-23. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30563434/. Doi: 10.1177/1708538118816267
Milio G, Coppola G, Novo S. The effects of prostaglandin E-1 in patients with intermittent claudication. Cardiovasc Hematol Disord Drug Targ. 2006;6(2):71-6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16787192/. Doi: 10.2174/187152906777441812
Roberto Antonio Mangiafico, Messina R, Attinà TM, Dell’Arte S, Giuliano L, Malatino L, et al. Impact of a 4-Week Treatment with Prostaglandin E1 on Health-Related Quality of Life of Patients with Intermittent Claudication. Angiology. 2000;51(6):441-9. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/10870853/. Doi: 10.1177/000331970005100601
Robertson L, Andras A. Prostanoids for intermittent claudication. Cochrane Database Syst Rev. 2013(4):CD000986. Doi: 10.1002/14651858.CD000986.pub3
Rajagopalan S, Dellegrottaglie S, Furniss A, Gillespie BW, Sudtida Satayathum, Lameire N, et al. Peripheral Arterial Disease in Patients With End-Stage Renal Disease. Circulation. 2006;114(18):1914-22. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/17060384/. Doi: 10.1161/CIRCULATIONAHA.105.607390
Popp W, Knoll F, Sprenger-Mähr H, Zitt E, Lhotta K. Alprostadil treatment of critical limb ischemia in hemodialysis patients : A retrospective single-center analysis. Wien Klin Wochenschr. 2019;131(9-10):209-15. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30421286/. Doi: 10.1007/s00508-018-1407-z
Vitale V, Monami M, Mannucci E. Prostanoids in patients with peripheral arterial disease. J Diab Complic. 2016;30(1):161-6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26516035/. Doi: 10.1016/j.jdiacomp.2015.09.006
Creutzig, Lehmacher, Elze. Meta-analysis of randomised controlled prostaglandin E1 studies in peripheral arterial occlusive disease stages III and IV. Vasa. 2004;33(3):137-44. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15461065/. Doi: 10.1024/0301-1526.33.3.137
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Larissa Rita Oliveira Araújo, Victória Carolina Barcelos Fonseca, Lucas Santos Soares, Cássia Mendes Santos, Dalila Barbosa Delfino, Josualdo Euzébio da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.
