Perfil epidemiológico do câncer de colo de útero em São Paulo entre 2018 e 2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236258Palavras-chave:
Papillomavirus Humano, Teste de Papanicolaou , Neoplasias do Colo do ÚteroResumo
INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero ocupa o terceiro lugar dentre as causas de mortalidade feminina mundial. Mulheres com idade reprodutiva ativa, principalmente de populações desfavorecidas, são as mais acometidas, fato relacionado com as infecções persistentes geradas por Papillomavírus Humano (HPV) que tendem a malignizar. Para identificação precoce dessas lesões e rastreio da neoplasia maligna, usa-se teste de Papanicolaou. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico do câncer de colo de útero na população de São Paulo entre 2018 e 2023. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, incluindo dados do período de 2018 a 2023. Após leitura prévia do tema, selecionou-se a parcela acometida pela neoplasia do colo do útero em São Paulo. Os dados foram coletados através de pesquisa feita no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), oriundo do DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise das informações obtidas durante a pesquisa, notou-se que, em tal período, o número total de diagnosticados com exames fora da normalidade na região selecionada foi de 134.629. Destas, 137.572 (99%) referiam-se ao sexo feminino, 85.139 (61%) se autodenominaram brancas e 17.977 (13%) pertenciam a faixa eta?ria de 35 e 39 anos. Fatores como condições locais, escolaridade, nível social e parceiro sexual influenciam no conhecimento das mulheres sobre prevenção de infecções sexualmente transmissíveis. Realizar o exame, que é essencial para a prevenção da doença, periodicamente pode minimizar os danos da neoplasia, especialmente em mulheres brancas entre 30 e 40 anos, sendo as mais acometidas pela doença. No entanto, apesar de muitas cidades brasileiras disponibilizarem recursos e profissionais qualificados para a realização do Papanicolaou, a adesão ao exame é baixa devido à falta de campanhas que enfoquem na importância da realização do exame periodicamente, horários de atendimento incompatíveis com a rotina das mulheres, além da queda da imunização nos últimos anos. CONCLUSÃO: Com base no exposto, nota-se a importância da realização de estudos a respeito desse tema. A extensa incidência de casos torna necessário o investimento em campanhas informativas para a população em idade reprodutiva e, além disso, aumento da cobertura vacinal contra HPV. Ademais, esta neoplasia pode ser evitada através do rastreio e detecção precoce, feito pela coleta de Papanicolaou, contribuindo para um tratamento mais assertivo e eficiente, aumentando as possibilidades de cura e taxa de sobrevida.
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