Análise epidemiológica das internações por insuficiência renal no Brasil: fatores de risco e fisiopatologia
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236306Palavras-chave:
Fisiopatologia, Epidemiologia, Internações, Insuficiência renalResumo
Introdução: A insuficiência renal é uma condição clínica grave caracterizada pela perda progressiva da função dos rins, levando ao acúmulo de toxinas, desequilíbrios eletrolíticos e hemodinâmicos, com elevado risco de complicações. Nesse contexto, destacam-se a importância de políticas públicas eficazes e a necessidade de aprimoramento da infraestrutura e dos serviços de saúde, dado o crescimento dessa população de pacientes. Objetivos: O presente estudo objetiva analisar a prevalência de internações por insuficiência renal no Brasil, com ênfase nos fatores de risco que contribuem para o aumento e progressão dessa condição. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo e retrospectivo, que abrange as internações por insuficiência renal no período de 2019 a 2023. Foram analisados dados públicos do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), disponíveis na plataforma DATASUS, incluindo variáveis como sexo, cor/raça, faixa etária, região geográfica, média de permanência e caráter de atendimento. Resultados: A análise revelou que a região Sudeste do Brasil concentrou 49% das internações por insuficiência renal, sendo que o estado de São Paulo contribuiu com 25% desse total. Observou-se que o tempo médio de permanência hospitalar foi mais prolongado nas regiões Nordeste e Norte, sugerindo desafios adicionais na saúde pública dessas áreas. Indivíduos pardos foram os mais afetados, representando 49% das internações. A faixa etária de 60 a 69 anos foi a mais impactada, com 57% dos pacientes nesse grupo etário. Além disso, 91% das internações foram classificadas como urgências. O estudo também evidenciou um aumento contínuo no número de casos, com 26% das internações ocorrendo em 2023, em comparação com 19% em 2019. Conclusão: O estudo destaca um aumento expressivo nas internações por insuficiência renal, com concentração significativa na região Sudeste e maiores desafios nas regiões Nordeste e Norte. A predominância de pacientes pardos e a maior incidência entre indivíduos de 60 a 69 anos indicam a necessidade de políticas públicas mais eficazes. O crescimento contínuo do número de casos reforça a urgência em aprimorar a infraestrutura e os serviços de saúde para atender de forma adequada essa condição.
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