ARRITMIA CARDÍACA NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO ANO DE 2019 A 2023.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236308Palavras-chave:
Epidemiologia, Internações, Arritmia Cardíaca, Doenças cardiovascularesResumo
Introdução: As arritmias cardíacas são distúrbios do ritmo que podem resultar em taquicardia ou bradicardia, sendo potencialmente fatais ao diminuírem o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo para o miocárdio. Controladas pelo nó sinoatrial, essas anormalidades podem provocar sintomas como palpitações, fraqueza, falta de ar e, ocasionalmente, dor no peito, mas muitos casos são assintomáticos, sendo diagnosticados apenas em exames de rotina. O reconhecimento da epidemiologia das arritmias é de suma importância para o desenvolvimento de estratégias de tratamento eficazes e para a redução da carga sobre os sistemas de saúde, especialmente em situações de emergência. Objetivos: Analise da epidemiologia da arritmia cardíaca no Brasil. Metodologia: Trata-se de estudo transversal, descritivo e retrospectivo, com coleta de dados retirado do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS) disponíveis na plataforma DATASUS, referentes às internações por arritmia cardíaca do período de 2019 a 2023. A análise dos dados foi categorizada por ano, gênero, etnia, faixa etária, região geográfica e caráter de atendimento. Resultados: Entre 2019 e 2023, o Brasil registrou 283.970 internações por arritmia cardíaca, com o maior número em 2023 (74.492) e 9.067 óbitos. A taxa média de incidência foi de 27,96/100.000 habitantes. O sexo masculino teve 53,16% das internações, e 53% dos pacientes eram brancos. A faixa etária mais afetada foi de 70 a 79 anos, com 75.371 casos (26,53%). A região Sudeste destacou-se com a maior incidência (69,94/100.000 habitantes), enquanto o Centro-Oeste apresentou a maior taxa de mortalidade (28,02/100.000 habitantes). Notavelmente, 81% dos atendimentos foram de urgência, evidenciando a gravidade das condições. Conclusão: A análise das internações por arritmia cardíaca no Brasil entre 2019 e 2023 revela um aumento preocupante nos casos e óbitos, especialmente em 2023. A predominância de internações em homens e brancos, juntamente com a alta incidência na faixa etária de 70 a 79 anos, destaca a necessidade de intervenções direcionadas. É essencial desenvolver estratégias que melhorem a gestão clínica e reduzam a sobrecarga dos atendimentos de urgência, diminuindo as taxas de internação e mitigando o impacto na saúde pública.
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