ESPORTE EM ALTITUDE: RESPOSTAS FISIOLÓGICAS EM CONDIÇÕES EXTREMAS QUE IMPACTAM NA PRÁTICA ESPORTIVA

Resumo

Este estudo investigou as mudanças fisiológicas que ocorrem em grandes altitudes e como essas mudanças podem limitar o desempenho atlético e que restringem a prática esportiva. Através de uma revisão bibliográfica narrativa, foram analisadas as adaptações fisiológicas, cardiovasculares e hematológicas que os atletas e praticantes de esportes enfrentam em altitudes elevadas. A hipóxia, ou baixa disponibilidade de oxigênio, induz respostas adaptativas como aumento da ventilação pulmonar e produção de eritropoetina, melhorando a capacidade de transporte de oxigênio do sangue. No entanto, a redução do VO2máx permanece um desafio significativo. O desempenho esportivo é particularmente impactado em esportes de resistência, com a aclimatação adequada emergindo como uma estratégia crucial para mitigar os efeitos adversos da altitude. O método "live high, train low" mostrou-se eficaz na promoção de adaptações fisiológicas benéficas sem comprometer a intensidade do treinamento. Além disso, a nutrição adequada, incluindo suplementação de ferro e hidratação, é essencial para sustentar as adaptações fisiológicas necessárias para o desempenho em altitude. Por fim, embora a altitude represente um desafio significativo, as adaptações fisiológicas e as estratégias de aclimatação podem mitigar os efeitos adversos, permitindo um desempenho competitivo. As abordagens de aclimatação devem ser personalizadas, considerando a individualidade biológica dos atletas, para otimizar o desempenho em grandes altitudes. Apesar disso, ainda urge a necessidade de continuidade nos estudos sobre a temática, já que ela permeia o universo esportivo de diversas formas, incluindo torneios de alto rendimento de esportes coletivos, nos quais os atletas podem não ter tempo para aclimatar-se de forma tradicional.