Análise das complicações provocadas pelas infecções relacionadas à assistência à saúde nos pacientes internados no período da covid-19: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236310Palavras-chave:
Biossegurança, Antibioticoterapia, Resistência antimicrobianaResumo
Introdução: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) estão associadas à prestação de um serviço assistencial ou internação hospitalar. Os principais patógenos envolvidos são as bactérias, devido a alta capacidade de desenvolvimento de resistência, apresentando-se cada vez menos sensíveis aos antibióticos disponíveis, o que representa um risco à saúde pública. Nesse sentido, a pandemia de SARS-CoV-2 agravou essa situação, intensificando a resistência bacteriana devido ao uso excessivo de antimicrobianos e à preocupação populacional. Objetivo: Avaliar a prevalência de IRAS durante o período da pandemia, além de identificar os principais fatores de risco que contribuem para o aumento dessas infecções e analisar o impacto desse cenário nas taxas de mortalidade e morbidade. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada por meio de levantamento bibliográfico, utilizando as seguintes bases de dados: Google Acadêmico, Scielo e o PubMed. Foram utilizados como critérios de inclusão casos de IRAS em pacientes internados durante o período da COVID-19, além da abordagem do fortalecimento da resistência antimicrobiana por uso indiscriminado de antibióticos. Os critérios de exclusão considerados para a pesquisa foram os estudos que identificaram a incidência de IRAS em períodos não relacionados à pandemia. Resultados: O uso indiscriminado de antibióticos mostrou-se como um fator potencializador da resistência antimicrobiana. Fatores como idade, presença de comorbidades, realização de procedimentos invasivos, uso de drogas vasoativas, tempo de internação e utilização prolongada de dispositivos como cateteres e sondas vesicais de demora apresentaram-se como agravantes do quadro clínico desses pacientes. Os principais tipos de infecção identificados foram as Pneumonias associada à ventilação mecânica, as Infecções do Trato Urinário e Infecções Primárias de Corrente Sanguínea. As IRAS foram mais prevalentes em pacientes admitidos por COVID-19 do que por outras condições, sendo a mortalidade de indivíduos internados durante a pandemia foi expressivamente maior naqueles que desenvolveram uma infecção nosocomial. Conclusão: As complicações provocadas por IRAS impactaram diretamente na mortalidade de pacientes nesse período, causando negativos desfechos clínicos. Por isso, deve-se aprimorar medidas de biossegurança a fim de proteger os pacientes e profissionais de saúde, além de minimizar os riscos causados por essa emergência sanitária.
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