PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MENINGITE NA REGIÃO SUL DO BRASIL ENTRE 2018 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236324Palavras-chave:
Cobertura Vacinal, Imunização, MeningiteResumo
INTRODUÇÃO: A meningite é uma doença infecciosa que atinge as membranas responsáveis pelo revestimento do encéfalo e medula espinhal, pode ser classificada como aguda, subaguda ou crônica. No Brasil, esta enfermidade é constante e significativa em algumas áreas ocupacionais e sua persistência se associa a fatores como: condições socioeconômicas, aglomerações populacionais, agentes etiológicos e clima. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da meningite na população da região Sul do país. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, com dados do período de 2018 a 2023. Após leitura prévia sobre o tema, selecionou-se a parcela acometida por meningite na região Sul do Brasil. Os dados foram coletados através de pesquisa feita no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), oriundo do DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da ana?lise dos dados obtidos durante a pesquisa, notou-se que, entre 2018 e 2023, o nu?mero total de pessoas diagnosticadas com meningite na região selecionada foi de 13.686. Destas, 7.983 (58%) referiam-se ao sexo masculino, 10.805 (78%) se autodenominaram brancas e 2.631 (19%) pertenciam a faixa eta?ria de menos de 1 ano. As informações apresentadas convergem com a literatura existente. Há prevalência significativa entre indivíduos brancos do sexo masculino na faixa etária de ? 1 a 9 anos, um período crítico de amadurecimento do sistema imunológico. A pandemia de COVID-19 em 2020 teve um impacto substancial no aumento de casos de meningite, principalmente no programa de imunização infantil, onde 54% das consultas de vacinação foram adiadas devido ao isolamento social, comprometendo a cobertura vacinal e aumentando o risco de infecções preveníveis, incluindo a meningite. Ademais, as taxas de letalidade da meningite, que variam entre 18 a 20% de acordo com a literatura, são condizentes com os dados deste estudo. Essas taxas são explicadas pela qualidade e prontidão do tratamento, pelo sistema imunológico do paciente e virulência da cepa. CONCLUSÃO: Com base nos dados expostos, nota-se importância na realização de estudos a respeito desse tema. A queda da cobertura vacinal devido à pandemia da COVID-19 possivelmente está relacionada ao aumento considerável de casos nos últimos anos. Tal alta nas ocorrências torna necessário investimento em campanhas de vacinação infantil com ênfase, principalmente, para meninos entre 1 a 9 anos, já que compõem o perfil mais afetado pela doença, além do acompanhamento de casos confirmados.
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