PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ENTRE 2018 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236325Palavras-chave:
Determinantes Sociais de Saúde, Notificação de Doenças, TuberculoseResumo
INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa influenciada pelos Determinantes Sociais de Saúde, sendo impactada por desigualdades econômicas e contexto social. Sob esse viés, tais fatores, atrelados a uma coinfecção pelo HIV, ditam risco na transmissão e disseminação da doença, de modo que haja lenta redução no número de casos e sustentação nos níveis de morbimortalidade. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da TB na população da Região Nordeste do país. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, incluindo dados do período de 2018 a 2023. Após leitura do tema, selecionou-se a parcela acometida pela TB na Região Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados através de pesquisa feita no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), oriundo do DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da ana?lise das informac?o?es obtidas, notou-se que, entre os anos de 2018 e 2023, o nu?mero total de pessoas diagnosticadas com TB na região selecionada foi de 151.383. Destas, 104.489 (69%) referiam-se ao sexo masculino, 101.037 (41%) se autodenominaram pardas e 65.670 (43%) pertenciam a faixa eta?ria de 20 a 39 anos. Além disso, 15% dos diagnosticados residem em municípios de extrema pobreza. As informações convergem com a literatura; a população economicamente ativa é a mais acometida, com impacto socioeconomicamente negativo. Ademais, evidencia-se a importância do ambiente na cadeia da TB, pela maior prevalência em áreas com desigualdades, vulnerabilidades sociais e problemáticas ambientais, estruturais e habitacionais; neste viés, o Nordeste é uma região onde encontram-se ainda muitos casos e, especificamente, o local conta com a formação de clusters - aglomerações populacionais, peças que propiciam o desenvolvimento da TB. Além disso, a Covid-19 afetou negativamente a detecção e o tratamento da TB, pela interrupção de alguns serviços de saúde; porém, constatou-se fortalecimento do Plano Nacional de Controle da TB, para alcançar o fim da doença até 2035, alinhando-se aos ODS da ONU. CONCLUSÃO: Com base no exposto, nota-se importância na realização de estudos sobre o tema. Baixo saneamento básico, más condições habitacionais e pouca adesão ao tratamento auxiliam na permanência da TB na região. Tais ocorrências tornam necessário o investimento em campanhas para informar a população - principalmente acerca do tratamento completo - para maior adesão; assim como investir em fiscalização e melhoria do saneamento básico e habitacional em regiões vulneráveis.
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