PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO COQUELUCHE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ENTRE 2018 E 2022

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236328

Palavras-chave:

Vacina contra Difteria, Tétano e Coqueluche, Imunização, Coqueluche

Resumo

INTRODUÇÃO: A coqueluche é uma infecção bacteriana grave que afeta vias respiratórias, causadora de elevados índices de morbimortalidade, principalmente, nos primeiros meses de vida. Sob esse viés, o Brasil adotou em 2014, imunização para gestantes (vacina dTpa), a fim de reduzir número anual de casos. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico do coqueluche na população da região Nordeste do país. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, incluindo dados de 2018 a 2022. Após leitura prévia sobre o tema, selecionou-se a parcela acometida por coqueluche na região Nordeste do Brasil. Os dados foram coletados através da busca no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), oriundo do DATASUS. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da ana?lise das informac?o?es obtidas na pesquisa, notou-se que, no dado período, o nu?mero total de pessoas diagnosticadas com coqueluche na região selecionada foi de 1.749. Destas, 945 (54%) referiam-se ao sexo feminino, 1.014 (57%) se autodenominaram pardas, 999 (57%) pertenciam a faixa eta?ria de menos de 1 ano e, destes 999 pacientes, 20% tinham aproximadamente 2 meses de idade. Além disso, 10,5% dos diagnosticados residem em municípios de extrema pobreza. As informações convergem ao evidenciar que a doença é mais prevalente em crianças menores de um ano dada à imunização imatura ou incompleta. Esta fragilidade é mais crítica em bebês de dois meses, já que não receberam a primeira dose da vacina, tornando essencial a vacina dTpa para gestantes, para proporcionar proteção passiva ao feto. Em municípios vulneráveis, observa-se que a precariedade das condições de vida se relaciona à disseminação de doenças infecciosas, pois há fragilidade na atuação dos serviços de Atenção Básica de Saúde, sobretudo, em programas de vacinação voltados a gestantes e crianças até 1 ano, exacerbando o problema. Além disso, a baixa escolaridade e falta de informação dificultam a consciência sobre a relevância da adesão às campanhas de imunização, a fim de mitigar a propagação e a incidência de doenças infectocontagiosas. CONCLUSÃO: Como exposto, a vacinação da gestante no pré-natal protege indiretamente o feto, assim, é imprescindível incentivar essa prática no meio assistencial. Além disso, é fundamental o enfoque em campanhas de imunização oferecidas nos primeiros meses de vida. Destaca-se a necessidade de conscientização do público, através de propagação de informação acerca da gravidade da doença e benefícios da imunização para maior adesão.

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Biografia do Autor

  • Gabriela Mendes Ribeiro, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Graduanda de medicina (Discente). 

  • Aline Sanches Gonzalez, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Graduanda de medicina (Discente). 

  • Isadora Guimarães Santos, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Graduanda de medicina (Discente). 

  • Maria Luiza Paluan Brassoloto, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Graduanda em medicina (Discente). 

  • Tabata Nicole Oliveira Rolim, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Graduanda em medicina (Discente). 

  • Fábio Aparecido Jesus da Silva, UNINOVE. Campus Osasco, Osasco, SP. Brasil.

    Enfermeiro e Biólogo; Especialista modalidade Residência em clínica médico-cirúrgica pelo Hospital Sírio Libanês; Mestre em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública - USP. Docente. 

Referências

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Publicado

2025-05-12

Como Citar

Ribeiro, G. M. ., Gonzalez, A. S. ., Santos, I. G. ., Brassoloto, M. L. P., Rolim, T. N. O. ., & Silva, F. A. J. da . (2025). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO COQUELUCHE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL ENTRE 2018 E 2022. Revista De Medicina, 104(3.esp.), e-236328. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236328