RELAÇÃO DO ESTROGÊNIO E PROGESTERONA NA COMPOSIÇÃO DA MICROBIOTA VAGINAL EM MULHERES GESTANTES.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236330Palavras-chave:
Microbiota vaginal, Progesterona, EstrógenoResumo
Introdução: A microbiota vaginal tem um papel de destaque na proteção e manutenção da saúde feminina durante o período gestacional. Predominantemente composta por bactérias do gênero Lactobacillus, esses microrganismos formam uma barreira de proteção contra diferentes microrganismos patogênicos, que podem proliferar quando essa microbiota se encontra em disbiose. Objetivo: O propósito deste estudo foi determinar a associação entre fatores endógenos, como os hormônios estrógeno e progesterona, e a formação da microbiota vaginal durante o período gestacional. Método: A metodologia utilizada caracterizou-se por uma revisão bibliográfica, realizada a partir da seleção de artigos científicos publicados na SciELO e PubMed, abordando a relação entre a composição da microbiota vaginal e a secreção de estrógeno e progesterona durante a gravidez. Resultado: O presente estudo, realizado por meio de uma revisão bibliográfica, permitiu identificar a importância dos fatores endógenos, como os hormônios estrógeno e progesterona, na formação e manutenção de bactérias do gênero Lactobacillus. A microbiota vaginal pode sofrer alterações em diferentes períodos fisiológicos da mulher. Essas variações podem ser observadas em decorrência do aumento de estrógeno e progesterona durante a gravidez, tornando o epitélio vaginal mais espesso devido ao acúmulo e produção de glicogênio. O glicogênio liberado em grande quantidade durante o período gestacional tem um papel fundamental na manutenção da microbiota vaginal, servindo como substrato para as bactérias que ali habitam. Em geral, o gênero Lactobacillus é o mais predominante na microbiota feminina, sendo frequentemente representado pelas espécies L. crispatus, L. iners, L. jensenii e L. gasseri. A fermentação láctica exercida pelos Lactobacillus garante a acidificação do pH vaginal e, consequentemente, um ambiente potencialmente inóspito para o desenvolvimento de patógenos. Conclusão: De acordo com o exposto acima, podemos evidenciar a importância dos fatores hormonais na modulação da composição e proporção dos microrganismos. Essas alterações podem predispor as gestantes a algumas patologias.
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