ANÁLISE COMPARATIVA DA MORBIDADE POR SEQUELAS DE POLIOMIELITE ENTRE A REGIÃO NORDESTE E O BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA POLÍTICAS DE SAÚDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236367Palavras-chave:
Morbidade, Poliomielite, NordesteResumo
Introdução: A poliomielite é uma infecção sistêmica aguda que pode variar de assintomática a formas paralíticas, levando frequentemente a sequelas duradouras como a síndrome pós-poliomielite. Embora a doença tenha sido erradicada no Brasil, as sequelas de infecções passadas ainda são um desafio. Este estudo compara a morbidade por sequelas de poliomielite entre a Região Nordeste e o restante do Brasil, revelando variações regionais e suas implicações para a saúde pública.Objetivo: Analisar de forma comparativa a morbidade por sequelas de poliomielite na Região Nordeste e no Brasil no período de 2014 a 2023, destacando as implicações desses dados para o desenvolvimento de políticas de saúde pública.Método: Estudo ecológico utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) extraídos do DATASUS, referentes ao período de 2014 a 2024, removendo dados fora do período de interesse. Foram analisados os indicadores de internações por sequelas de poliomielite, considerando as variáveis 'região' e 'faixa etária 2'. Resultados: A partir da análise dos dados, é possível perceber, segundo a faixa etária, um aumento da quantidade de internações de urgência no Brasil com o envelhecimento do grupo, em que tem sua maior incidência na faixa etária entre 50 e 54 anos. Esse aumento dos casos é observado com uma correlação de Pearson r ? 0,9556, e após os 54 anos é possível ver um decrescimento desses casos, com r ? -0,8056. Enquanto no Nordeste, é possível ver um padrão semelhante, entretanto, a faixa etária de maior incidência é entre 25 e 29 anos, com um aumento dos casos até os 29 anos com r ? 0,966, e após um decréscimo dos casos com r ? -0,941. Além disso, sendo o período analisado a partir de 2014, e 25 anos após o último caso registrado, 17,2% dos casos registrados são da população com faixa etária menor que 25 anos dos casos do Brasil, e 27,8% dos casos do Nordeste.Conclusão: Os resultados revelam que, enquanto a maior parte das internações por poliomielite no Brasil ocorre entre 50 e 54 anos, no Nordeste há mais casos entre 25 e 29 anos. Esse dado sugere uma evolução mais precoce das complicações na região, possivelmente influenciada por fatores socioeconômicos, de acesso a cuidados de saúde e pela imigração de países vizinhos. A alta proporção de casos no Nordeste em menores de 25 anos (27,8% contra 17,2% no restante do país) evidencia a necessidade de políticas públicas específicas para a região.
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