PREVALÊNCIA DA MENINGITE BACTERIANA NA BAHIA E SUA CORRELAÇÃO COM A BAIXA COBERTURA VACINAL: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA LOCAL DE 2019 A 2024
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236369Palavras-chave:
Epidemiologia da Bahia, Cobertura vacinal, Meningite bacterianaResumo
Introdução: A meningite bacteriana é uma infecção potencialmente letal que atinge o sistema nervoso e exige uma resposta rápida e eficaz de saúde pública. Embora a vacinação seja uma estratégia preventiva crucial, a cobertura vacinal insuficiente pode deixar certas populações vulneráveis à doença, o que pode ser observado em algumas regiões, como o estado da Bahia. Objetivo: Investigar a relação entre a cobertura vacinal e a incidência de meningite bacteriana na Bahia, comparando com a média do Nordeste, e caracterizar os casos confirmados com base em sexo, faixa etária e região. Método: Este estudo epidemiológico descritivo utilizou dados do DATASUS para examinar a cobertura vacinal contra meningite e o número de casos confirmados na Bahia de 2019 a junho de 2024. A análise foi conduzida considerando a distribuição por sexo e faixa etária, identificando os grupos mais afetados. Resultados: A cobertura vacinal na Bahia foi de 70,79%, sendo inferior à média do Nordeste, de 75,33%. Durante o período analisado, foram confirmados 1.906 casos de meningite bacteriana, sendo apenas a capital, Salvador, responsável por 1.086 casos, apresentando uma cobertura vacinal de 61,19%. Há também uma predominância significativa no sexo masculino, com 1.155 casos, sendo mais prevalente na faixa etária de 5 a 9 anos, que registrou 179 casos nesse período, sugerindo vulnerabilidades específicas nessa população. Conclusão: A análise revela uma correlação preocupante entre a baixa cobertura vacinal e o aumento dos casos de meningite bacteriana na Bahia, especialmente entre crianças e homens em macrorregiões como a Região metropolitana de Salvador. O Ministério da Saúde oferece, através do Calendário Nacional de Imunizações, vacinas com proteção para diversas formas de meningite, todas administradas em idades abaixo do grupo observado como sendo de maior risco epidemiológico, ou seja, crianças entre 5 e 9 anos de idade. As campanhas de vacinação são ações de saúde pública, centradas especialmente na atuação da Atenção Básica, que contribuem ativamente com a manutenção da cobertura vacinal em níveis adequados e devem, portanto, ser constantemente incentivadas, com enfoque direcionado para os grupos vulneráveis, além de reforçar a vigilância epidemiológica e a educação em saúde popular, com orientações quanto aos sintomas iniciais da infecção e, essencialmente, quanto à importância e necessidade da vacinação como forma de profilaxia para esta.
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