Prevalência da tuberculose pulmonar na Bahia: análise epidemiológica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236370Keywords:
Bahia, Epidemiologia, Tuberculose pulmonarAbstract
Introdução: A tuberculose (TB) pulmonar, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é uma doença infecciosa crônica transmitida principalmente por vias aéreas. É de notificação obrigatória e tem grande impacto na saúde pública, especialmente em contextos de vulnerabilidade socioeconômica. No Brasil, segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), a TB apresenta cerca de 5 mil novos casos anuais e uma média de 320 óbitos, afetando especialmente jovens, pessoas vivendo com HIV, população em situação de rua e indígenas. Este estudo busca analisar a prevalência da TB pulmonar na Bahia entre 2020 e 2023, identificando padrões epidemiológicos e fatores de risco associados. Metodologia: Realizou-se um estudo epidemiológico descritivo com dados do DATASUS, abrangendo o período de 2020 a 2023. Foram analisados 20.825 casos notificados de TB pulmonar, considerando variáveis demográficas (sexo, idade, raça/cor), comorbidades (HIV e diabetes) e forma clínica da doença. As informações foram apresentadas em análises quantitativas, utilizando estatísticas descritivas. Resultados: No período analisado, foram registrados 20.825 casos de TB pulmonar na Bahia: 4.713 em 2020, 5.099 em 2021, 5.546 em 2022 e 5.467 em 2023. A maioria dos casos (85,6%) foi da forma pulmonar. Homens representaram 67% dos casos, e a faixa etária mais atingida foi de 20 a 39 anos (37,3%). Quanto às comorbidades, 9,2% eram HIV positivos e 11,6% apresentaram diabetes. Os municípios com maior prevalência foram Salvador (8.344 casos), Feira de Santana (721) e Camaçari (336). Conclusão: A prevalência de TB pulmonar na Bahia se manteve elevada entre 2020 e 2023, especialmente entre homens e jovens adultos. A presença de comorbidades como HIV e diabetes contribui para a gravidade da doença. Este cenário ressalta a urgência de fortalecer políticas de controle da TB, com foco em prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, especialmente em populações vulneráveis. O tratamento dura no mínimo seis meses, é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde. A pandemia de COVID-19 pode ter influenciado as notificações, sendo crucial manter os esforços para a erradicação da TB na região.
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