EPIDEMIOLOGIA DAS ARBOVIROSES DE MAIOR IMPORTÂNCIA NA BAHIA: ANÁLISE DOS CASOS NO PERÍODO PÓS-PANDÊMICO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236371Palavras-chave:
Bahia, COVID-19, ArbovirosesResumo
Introdução: As arboviroses são infecções virais que representam um desafio significativo para a saúde pública, especialmente em regiões tropicais. São transmitidas por mosquitos e têm se espalhado rapidamente, causando surtos e impactos socioeconômicos consideráveis. Dados epidemiológicos desempenham um papel crucial na formulação de intervenções eficazes e na promoção da saúde pública, reduzindo a carga dessas arboviroses nas populações afetadas. Durante a pandemia de COVID-19, os dados relativos a arboviroses foram possivelmente mascarados por outros diagnósticos associados, o que pode ter causado representação inadequada da real situação epidemiológica das arboviroses nesse momento. Objetivo: determinar o perfil epidemiológico das arboviroses de importância na Bahia, após o período de pandemia de COVID-19 (2020-2021). Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico ecológico de série temporal que utilizou dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram selecionados casos de infecções por zika, dengue e chikungunya, considerando o ano de notificação, faixa etária, sexo e raça dos indivíduos afetados, localização geográfica, o número total de casos registrados e evolução para cura. Resultados: A análise demonstrou ocorrência de um aumento epidêmico de dengue entre 2022 e 2024 (545,35%) no estado da Bahia, sendo a arbovirose mais frequente dentre os agravos. Observou-se elevada frequência de dengue e chikungunya em 2024 e zika em 2023. O grupo etário de 20 e 39 anos foi mais acometido por Dengue (35,5%), chikungunya (33,8%) e zika (34,5%), assim como o sexo feminino, para os três agravos. Predominou a raça/cor parda para dengue (57,92%), zika (54,7%) e Chikungunya (56,5%). A maioria dos casos de Dengue (61%), chikungunya (72,2%) e ZIKV (59%) evoluíram para cura, apesar do grande número de óbitos. Conclusão: As arboviroses continuam a representar um grave problema de saúde pública, afetando majoritariamente o gênero feminino e a raça/cor parda. Na Bahia, o clima tropical e a rápida urbanização criam condições favoráveis para a proliferação dos mosquitos vetores. A análise de dados do DATASUS entre 2022 e 2024 elenca os grupos mais acometidos pelas arboviroses citadas, e mostra a necessidade de implementação urgente de medidas eficazes de profilaxia e controle. O aumento dos casos à partir de 2022 pode indicar retorno de situação epidemiológica com capacidade de distinção entre arboviroses e outros diagnósticos.
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