INCIDÊNCIA DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, NA BAHIA, NO PERÍODO DE 2019 A 2023.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236375Palavras-chave:
Epidemiologia, Infarto Agudo do Miocárdio, Doenças do Aparelho CirculatórioResumo
INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são consideradas uma das principais causas de mortalidade no mundo. Destaca-se o infarto agudo do miocárdio (IAM), que segundo o Ministério da Saúde (MS), é a maior causa de mortes no Brasil. Estima-se que ocorram de 300 a 400 mil IAM por ano no país, em média, a cada 7 casos, um óbito. A principal sintomatologia do quadro é a dor precordial. De acordo com o MS, os principais fatores de risco são: tabagismo, hipercolesterolemia, dieta rica em carboidratos, sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus. OBJETIVO: Analisar a incidência de casos de IAM na Bahia, entre 2019 e 2023, evidenciando o perfil epidemiológico. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com dados coletados por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde. Foram selecionadas notificações de internações por IAM no estado da Bahia entre 2019 e 2023. As variáveis analisadas incluem sexo, faixa etária, ano de atendimento, macrorregião de saúde, caráter de atendimento e o número de óbitos. RESULTADOS: De acordo com a análise, 37.329 indivíduos foram acometidos por IAM. Percebe-se um aumento não linear, excetuando-se o ano de 2020, que apresentou diminuição significativa, com 6.615 casos, em contraste ao ano de 2019, com 7.426 casos. Em 2022, observou-se maior incidência de eventos, com 7.929 acometidos, sendo destaque a Região Leste com 2.166 casos, seguida pela Região Oeste. Além disso, constatou-se maior incidência na faixa etária dos 60 aos 69 anos (10.335 acometidos), com decréscimo aos 80 anos e mais (5.002 acometidos). Ademais, verifica-se maior número de internações no sexo masculino (21.927 internações) em comparação com o feminino (15.362 internações). O número de óbitos por ano de atendimento exibiu maior ocorrência no ano de 2021 com 888 eventos, em contraste com o ano de 2023, com 710 eventos. CONCLUSÃO: Os resultados demonstram que houve um acréscimo no número de casos nos referidos anos, assim nota-se que, apesar da gravidade da enfermidade, não está ocorrendo a implementação de medidas que previnam sua ocorrência. Portanto, torna-se evidente a necessidade de investimento em políticas públicas de saúde, para que haja garantia do atendimento nos primeiros minutos de ocorrência e redução no número de óbitos, bem como a realização de atividades de educação em saúde para a população, com a finalidade de fomentar a prevenção e desse modo mitigar as consequências desta patologia.
Downloads
Referências
-
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ingred Bezerra Silva, Erionayde Marinho Lucena, Ester Belo Matos, Júlia Oliveira Medrado de Almeida , Hannah Guedes Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.