PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES PEDIÁTRICOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DURANTE O PERÍODO 2013 A 2023.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236381

Palavras-chave:

Epidemiologia, Crianças, BK

Resumo

Introdução: A tuberculose, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, afeta principalmente os pulmões e é uma das principais causas de morbidade no Brasil. Em crianças, os sintomas atípicos dificultam o diagnóstico precoce, aumentando o risco de complicações mais graves. No Rio de Janeiro, a alta incidência da doença é agravada por fatores socioeconômicos e desigualdades no acesso à saúde. Este trabalho analisa o perfil epidemiológico da tuberculose pediátrica na região, e propõe melhorias no manejo e nas políticas de saúde pública locais. Objetivo: O objetivo do estudo foi descrever o perfil epidemiológico e a incidência dos casos de tuberculose infantil da última década no estado do Rio de Janeiro. Visando entender quais são as populações de grupos mais vulneráveis ao acometimento da doença e seu agravamento. Metodologia: O estudo descritivo e retrospectivo sobre tuberculose pediátrica no estado do Rio de Janeiro (2013-2023) analisou dados do SINAN e DATASUS, focando em crianças de 0 a 9 anos de idade completos. A pesquisa abrange fatores de risco para tuberculose como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), faixa etária, sexo, etnia, comorbidades e as formas de manifestação da doença. Resultados:  Nesse período, o estado do Rio de Janeiro registrou 2.808 casos confirmados de tuberculose em crianças de 0 a 9 anos, com a maior incidência entre pardas e a maioria dos casos em meninos. Dentre esses, 122 apresentaram HIV positivo, enquanto 1.801 tiveram resultado negativo. Os dados mostraram que não há uma relação associativa significativa entre crianças portadores de Diabetes Melitus e AIDS e o aparecimento dos casos de tuberculose. Anualmente, os casos confirmados variam entre 197 e 335, com o ápice de casos registrados no ano de 2022. Independentemente do tipo de manifestação da doença, seja pulmonar ou extrapulmonar, a maior parte ocorreu em crianças de 1 a 4 anos de idade, seguidas por aquelas de 5 a 9 anos. Nesse período, foram notificados 2.807 casos de tuberculose, destacando a cidade do Rio de Janeiro com o maior número de registros. Conclusão: Os dados indicam uma prevalência crescente de tuberculose, especialmente em crianças de 1 a 4 anos. A análise revela a necessidade de estratégias de saúde pública direcionadas para este grupo etário, bem como a implementação de ações preventivas e vacinação, considerando a interseção com outras condições de saúde, adaptada à realidade local.

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Biografia do Autor

  • Isadora Ribeiro Gonçalves , Centro Universitário de Valença (UNIFAA), Rio de Janeiro, RJ. Brasil.

    Graduanda em Medicina (Discente). 

  • Juliana Fernandes Barros Guimarães , Centro Universitário de Valença (UNIFAA), Rio de Janeiro, RJ. Brasil.

    Graduanda em Medicina (Discente). 

Referências

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Publicado

2025-05-12

Como Citar

Gonçalves , I. R., & Guimarães , J. F. B. (2025). PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES PEDIÁTRICOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DURANTE O PERÍODO 2013 A 2023. Revista De Medicina, 104(3.esp.), e-236381. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236381