CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR DA ASMA NO BRASIL: UM ESTUDO ECOLÓGICO DE 2009 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236387Palavras-chave:
Hospitalização, Epidemiologia Clínica, Asma BrônquicaResumo
INTRODUÇÃO: A asma é uma doença inflamatória caracterizada pela hiper-reatividade brônquica e hipersecreção de muco, resultante de fatores genéticos e ambientais. OBJETIVO: O estudo visa determinar as características epidemiológicas e de morbimortalidade hospitalar da asma no Brasil entre 2009 e 2023. METODOLOGIA: Realizou-se estudo ecológico transversal com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), acessados entre 27 de junho e 09 de julho de 2024. Foram analisados casos de asma registrados no período de 2009 a 2023. As variáveis coletadas incluíram sexo, raça, faixa etária, ano de atendimento, região, internações, óbitos e taxa de mortalidade. RESULTADOS: No período analisado, foram registrados 8.591 óbitos por asma no Brasil. A taxa de mortalidade variou, com a menor taxa registrada em 2009 (0,42) e a maior em 2020 (0,69). Em números absolutos, o maior número de óbitos ocorreu em 2010, enquanto 2020 apresentou o menor número absoluto de óbitos, mas com a maior taxa de mortalidade. A análise por gênero revelou maior mortalidade entre mulheres (54,11%) em comparação aos homens (45,66%). Quanto à raça/cor, a maior porcentagem de óbitos ocorreu entre pessoas pardas (34,93%), seguida por brancas (28,61%). No entanto, 31,45% dos registros não tinham informação sobre raça/cor. CONCLUSÃO: A prevalência e a mortalidade por asma no Brasil apresentaram variações significativas entre 2009 e 2023, com destaque para o aumento da gravidade em 2020, possivelmente exacerbado pela pandemia de COVID-19. A maior mortalidade foi observada entre mulheres e pessoas pardas, embora a falta de dados sobre raça/cor limite uma compreensão completa. Esses achados ressaltam a necessidade de estratégias de saúde pública eficazes, melhorias na coleta de dados demográficos e continuidade dos estudos epidemiológicos para monitorar a evolução da doença e a efetividade das intervenções implementadas.
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