Perfil epidemiológico de internações que resultaram em óbitos por neoplasia maligna do pâncreas no estado rio de janeiro entre 2021-2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236392Palavras-chave:
Internação hospitalar, Epidemiologia, Neoplasia malignaResumo
INTRODUÇÃO: a neoplasia maligna, caracteriza-se pela multiplicação desordenada de células que se desenvolvem de maneira agressiva, lesando órgãos e tecidos. Entre as mais letais, destaca-se o câncer de pâncreas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, ele ocupa a 14ª posição entre os tipos mais comuns de câncer, sendo responsável por 5% dos óbitos no país, embora represente apenas 1% dos diagnósticos. No Brasil, estima-se que entre 2023 e 2025 ocorram cerca de 10.980 novos casos de câncer de pâncreas. Diante da alta taxa mortalidade e da dificuldade no diagnóstico, o estudo justifica-se pela relevância da doença no cenário oncológico nacional. OBJETIVO: Avaliar o perfil de internações por câncer de pâncreas que resultaram em óbitos entre os anos de 2021 a 2023 no Rio de Janeiro. MÉTODO: Trata-se de um estudo observacional e descritivo com informações coletadas a partir do banco de dados TabNet - DataSUS, usando a lista de morbidade CID-10 “Neoplasia maligna do pâncreas”. Foram analisados o número total de internações por câncer de pâncreas no triênio de 2021 a 2023 e o número total de óbitos ocorridos pela doença no mesmo período, sendo selecionadas as variáveis “sexo” e “faixa etária” para determinar o perfil da doença. Foram excluídas as variáveis “cor/raça” e “estabelecimentos de atendimento”. Após coleta, os dados foram organizados em tabelas no Microsoft Excel e posteriormente alocados em gráficos dispostos em colunas, para demonstração da prevalência dos casos encontrados. RESULTADO: Entre janeiro de 2021 e dezembro de 2023, foi registrado um total de 2.436 casos de câncer de pâncreas no Rio de Janeiro, dos quais 821 resultaram em óbito. A taxa de mortalidade observada foi de 33,7%. Observou-se uma prevalência dos casos de internação a partir de 40 anos de idade, com predominância no intervalo entre 60 e 69 anos, apresentando 34,6% do número total de internações. As mulheres representam 52,63% do número de internações e 53,84% do número de óbitos, enquanto no grupo dos homens esses números foram 47,37% e 46,16% respectivamente. CONCLUSÃO: O estudo apresentou uma leve predominância nas internações, bem como nos óbitos, entre mulheres, em comparação aos homens. Quanto à idade, sugere-se o envelhecimento como principal fator de risco, sendo os idosos a partir dos 60 anos os mais afetados. Portanto, conclui-se que o perfil epidemiológico por câncer de pâncreas no Rio de Janeiro são mulheres e idosos a partir dos 60 anos, independentemente do sexo.
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