PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE INTERNAÇÕES QUE RESULTARAM EM ÓBITOS POR NEOPLASIA MALIGNA DE ESTÔMAGO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2020 E 2023
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v104i3.esp.e-236394Palavras-chave:
Internação, Epidemiologia, Câncer gástricoResumo
INTRODUÇÃO: O câncer gástrico é o 4° tumor mais comum entre homens e o 6° entre mulheres no Brasil, com destaque para o adenocarcinoma. As lesões são classificadas de acordo com os critérios de Bormann: elevada e polipoide, ulcerada com margens definidas, ulcerada com bordas irregulares e infiltração difusa. Entre os fatores de risco dessa neoplasia, o principal é a infecção pelo Helicobacter pylori, além de idade avançada, sexo masculino, alimentos ricos em sal e o álcool. Dada a alta prevalência na população, o estudo justifica-se por ser de grande relevância no cenário oncológico nacional. OBJETIVO: Avaliar o perfil de internações por câncer gástrico que resultaram em óbitos no período de 2020 a 2023 no Rio de Janeiro. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional e descritivo com informações coletadas a partir do banco de dados TabNet- DataSUS, usando a lista de morbidade CID-10 “Neoplasia maligna de estômago”. Como critério de inclusão foram analisados o número total de internação e de óbitos por neoplasia maligna de estômago no período de 2020 a 2023. Os resultados incluíram “sexo” e “faixa etária”, para avaliar o perfil epidemiológico da doença. Além disso, foram excluídas as variáveis de cor/raça. Após a coleta, os dados foram organizados em tabelas no Excel e posteriormente interpretados, sendo redigidos em textos os resultados encontrados. RESULTADOS: Entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023, o Rio de Janeiro (RJ) registrou 5.443 internações por câncer de estômago, com 1.347 óbitos, resultando em uma taxa de mortalidade de 24,75%. A maioria das internações ocorreu em pessoas de 60 a 69 anos (32,33%), seguidas por 70 a 79 anos (22,43%) e 50 a 59 anos (21,77%). A taxa de mortalidade foi mais alta entre os pacientes de 60 a 69 anos, com 30,73% dos óbitos. Os homens foram os mais afetados, representando 59,58% das internações e 59,91% dos óbitos, com uma taxa de mortalidade de 24,88%, ligeiramente superior à das mulheres (24,55%). Essa diferença pode ser atribuída a fatores como o maior consumo de tabaco entre os homens. CONCLUSÃO: O estudo evidenciou o envelhecimento e o sexo masculino como fator de risco para a neoplasia maligna do estômago, visto que os dados mostraram a incidência e mortalidade mais elevada entre homens de 50 a 79 anos no RJ entre 2020 e 2023. Em conclusão, destaca-se a necessidade de melhoria nas estratégias de detecção precoce e tratamento, uma vez que a identificação tardia contribui para a alta mortalidade.
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