Cicatrização cutânea no feto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i2p60-67Palavras-chave:
Cicatrização, Feto/fisiologia, Reparação, Lesões pré-natais/reabilitação, Pele fetal, Cura da feridaResumo
A reparação cutânea fetal tem atraído atenção de muitos pesquisadores. A cura da ferida no feto é única, pois feridas da pele fetal reparam-se rapidamente sem formação de cicatrizes. Conduzimos, neste estudo, uma revisão da literatura referente ao processo de reparo cutâneo da pele fetal comparando-o ao reparo após o nascimento. A resposta fisiológica às lesões cutâneas, ocorridas no período pós-natal, é a reparação do tegumento o que pode resultar na formação de tecido cicatricial. Entretanto, fetos em fase precoce de gestação respondem à mesma situação com regeneração completa da pele. Para explicar essa diferença, vários fatores, como produção aumentada de colágeno III por fibroblastos fetais e maior presença desse tipo de colágeno nas peles desses fetos têm sido considerados. O aumento do ácido hialurônico na matriz fetal correlaciona-se à capacidade de migração dos fibroblastos na reparação sem cicatriz. Miofibroblastos surgem na ferida fetal somente a partir do momento da gestação em que se formam cicatrizes. Além disso, observou-se o aumento na quantidade de moléculas de adesão na reparação sem cicatriz, o que aumentaria adesão e migração celular. Menores níveis de bTGF1 nas feridas fetais são correlacionados à diminuição na quantidade de colágeno I e podem ser resultado de maior expressão relativa de bTGF3, que inibe o bTGF1. Tem sido demonstrado que o ambiente hipóxico na ferida fetal conjuntamente com aumento das células Dot sanguíneas, podem estar relacionados à diferença no reparo. Expressões gênicas distintas guiam essas diferentes respostas e também podem ajudar a elucidar a regeneração cutânea fetalDownloads
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Publicado
2011-06-17
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
Ladeira, P. R. S. de, Isaac, C., Paggiaroc, A. O., Boyaciyan, M. I., & Ferreira, M. C. (2011). Cicatrização cutânea no feto. Revista De Medicina, 90(2), 60-67. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i2p60-67