Papel da Radiologia Intervencionista no atendimento ao paciente politraumatizado

Autores

  • Francisco Cesar Carnevale Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Departamento de Radiologia
  • Airton Mota Moreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Departamento de Radiologia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i4p201-214

Palavras-chave:

Radiologia intervencionista, Politraumatizado, Lesão vascular, Angiografia, Embolização, Stent

Resumo

O trauma é causa importante de morte e afastamento do trabalho. A Radiologia Intervencionista por meio de técnicas minimamente invasivas pode ser útil para politraumatizados estáveis com lesões vasculares ou de órgãos sólidos. Apesar de exigir treinamento, máquinas e materiais adequados, pode proporcionar melhores resultados. Lesões intra-abdominais devem ser suspeitadas no trauma pélvico e/ou torácico com instabilidade. Hematomas, equimoses ou petéquias devem ser correlacionadas ao trajeto vascular e órgãos. O lavado peritoneal, tomografia, ressonância magnética e FAST (focused assesment with sonography for trauma) podem ser utilizados. Angiografias não são ideais para traumas abdominais agudos por não excluirem lesões associadas, mas, no território periférico são úteis para planejamento. Apesar da necessidade cirúrgica para casos graves, condutas conservadoras podem determinar melhor evolução em muitos casos. Nas lesões vasculares abdominais e orgãos maciços, angioplastia com ou sem stent pode ser utilizada nas lesões intimais e transmurais, e embolização nos sangramentos ativos. Lesões hepáticas podem ser conduzidas conservadoramente, por meio da embolização percutânea ou cirurgicamente. A embolização esplênica e renal deve ser considerada para pacientes selecionados. Na região cervical, são alternativa para lesões carotídeas de difícil acesso, acima do ângulo da mandíbula e petrosas. Por sua vez, stents revestidos ou endopróteses expandiram as indicações terapêuticas na aorta abdominal e torácica. Pequenas lesões das extremidades, assintomáticas e não oclusivas, podem ser tratadas conservadoramente. Lesões de membros e pélvicas necessitam estabilização óssea para controle. A indicação para embolização baseia-se na condição hemodinâmica e presença de sangramento. Maiores evidências comparando estas técnicas à cirurgia, ainda são necessárias

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Biografia do Autor

  • Francisco Cesar Carnevale, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Departamento de Radiologia
    Médico, Doutor em Ciências, Chefe do Serviço de Radiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP
  • Airton Mota Moreira, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas, Departamento de Radiologia
    Médico, Doutor em Ciências, Assistente do Serviço de Radiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - HCFMUSP

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Publicado

2011-12-10

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Carnevale, F. C., & Moreira, A. M. (2011). Papel da Radiologia Intervencionista no atendimento ao paciente politraumatizado. Revista De Medicina, 90(4), 201-214. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v90i4p201-214