Epidemiologia clínica da dor músculo-esquelética
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v80ispe1p1-21Palavras-chave:
Dor/epidemiologia, Doença crônica, Síndromes da dor miofascial/epidemiologia, Fibromialgia/epidemiologia, Doenças reumáticas.Resumo
Vários estudos demonstram que as mulheres apresentam mais dor do que os homens. Entretanto, os estudos sobre
lombalgia e dor torácica não são conclusivos. Em casos de dores articulares e fibromialgia existe aumento da prevalência com o progredir das idades em ambos os sexos, apesar de haver predominio nas mulheres. As síndromes dolorosas decorrentes das disfunções têmporo-mandibulares são mais comuns nas mulheres que nos homens e apresentam pico de ocorrência nas fases reprodutivas. A diferença na ocorrência da dor nos homens e nas mulheres pode ser devida a vários fatores incluindo os constitucionais, os hormonais, os cognitivos e os culturais, entre outros. O aumento da freqüência da dor com o avanço da idade, especialmente das dores articulares e da fibromialgia, sugere haver associação entre as afecções degenerativas ou acúmulo de casos de dor com o progredir da idade. A redução da freqüência de alguns casos de dor nos idosos pode ser devida à melhora das condições causais com o passar do tempo ou ao aumento da incapacidade ou da mortalidade que remove tais indivíduos das comunidades.