Estereótipos e fetichização das personagens nipo-brasileiras em telenovelas nacionais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i9p98-123Palavras-chave:
Novelas Brasileiras, Representatividade, Nipo-brasileirosResumo
Este artigo explora a representação das mulheres nipo-brasileiras em novelas televisivas brasileiras e conceitualiza os termos estereótipo, fetiche e representação. A partir da análise das tramas de Bang Bang (2005), Morde e Assopra (2011), Sol Nascente (2016), Malhação Viva a Diferença (2017) e contextualização da recepção do público e as controvérsias, o artigo examina como essas representações influenciam a percepção dos japoneses e seus descendentes, especialmente as mulheres retratadas no Brasil. O artigo inclui uma tabela que resume os principais pontos, uma análise dos dados e uma reflexão sobre a representação das mulheres nipo-brasileiras nas telenovelas e suas implicações para o debate sobre a representação midiática e seu impacto nas comunidades minoritárias.
Downloads
Referências
AKAGI, Isis Harumi. Descaminhos: deslocamentos de quase idade. Anais do IV Congresso Nacional de Pesquisadores em Dança. Goiânia: ANDA, 2016. p. 283- 291.
ALÊS, Tamires. Artistas orientais fazem sucesso na TV, teatro e internet. Mundo OK, 23 de novembro de 2017. Disponível em: <https://www.mundook.com.br/artistasorientais-fazem-sucesso-na-tv-teatro-e-internet/>. Acesso em: 09 maio 2024.
BHABHA, Homi K. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. 2. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
BRANDÃO, Cristina; FERNANDES, Guilherme Moreira. Telenovela brasileira: formato que vem se impondo há seis décadas. In: BRANDÃO, Cristina; COUTINHO, Iluska; LEAL, Paulo Roberto Figueira (Orgs.) Televisão, cinema e mídias digitais. Florianópolis: Insular, 2012.
CASTRO, Daniel. Fenômeno de audiência, Malhação - Viva a Diferença vira série 'adulta' na Globo. Notícias da TV UOL. 26 nov. 2018. Disponível em: <https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/novelas/fenomeno-de-audienciamalhacao-viva-diferenca-vira-serie-adulta-na-globo-23459?cpid=txt>. Acesso em: 23 jun. 2020.
CRENSHAW, Kimberlé. A intersecionalidade da discriminação de raça e gênero. Ação Educativa, 2002. Disponível em: <https://static.tumblr.com/7symefv/V6vmj45f5/kimberle-crenshaw.pdf>. Acesso em: 23 jun. 2020.
DEZAN, Anderson. 'Sol Nascente': Luis Melo rebate críticas por interpretar japonês na TV. Globo EGO, Televisão, Rio de Janeiro, 30 ago. 2016. Disponível em: <http://ego.globo.com/televisao/noticia/2016/08/sol-nascente-luis-melo-rebate-criticas-por-interpretar-japones-na-tv.html>. Acesso em: 08 jun. 2020.
DEZEM, R. Matizes do “amarelo”: a gênese dos discursos sobre os orientais no Brasil (1878-1908). São Paulo: Associação Editorial Humanitas, 2005.
GONÇALVES, Ana Beatriz. Vencedora do Emmy ‘Malhação: Viva a Diferença’ retorna à Globo com a história de cinco amigas. Folha de São Paulo, F5. 5 de abril de 2020. Disponível em <https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2020/04/vencedorado-emmy-malhacao-viva-a-diferenca-retorna-a-globo-com-a-historia-de-cincoamigas.shtml>. Acesso em: 23 set. 2020.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva, Guacira Lopes Louro. 11 ed. Rio de Janeiro: DP & A, 2006.
HAMBURGER, Esther. Novelas como proto-interação, ou para uma crítica dos estudos de recepção. Interin, vol. 9, núm. 1, 2010, pp. 1-15. Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, Brasil. Disponível em: <https://www.redalyc.org/pdf/5044/504450762003.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2019.
IBGE. Panorama Censo 2022. Biblioteca IBGE, 2023. Disponível em: <https://censo2022.ibge.gov.br/panorama/>. Acesso em: 23 abr. 2024.
IBGE. Resistência & Integração: 100 anos de imigração japonesa no Brasil. Biblioteca
IBGE, 2008. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv38935.pdf. Acesso em: 18 maio 2024.
ISCHIDA, Camila Aya. A experiência Nikkei no Brasil: uma etnografia sobre imaginários e identidades. 2010. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. Disponível em: <https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-08022011-094359/publico/2010_CamilaAyaIschida.pdf>. Acesso em: 20 maio 2024.
KUSUMOTO, Meire. ‘Sol Nascente’ deixa orientais ‘perdidos na multidão’, diz atriz. Veja, 29 ago. 20216. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/cultura/solnascente-deixa-orientais-perdidos-na-multidao-diz-atriz>. Acesso em: 20 jun. 2024.
MARTINHO, Anahi. Globo favorece atores ocidentais em núcleo japonês de nova novela das 18h. Folha de São Paulo, São Paulo. 08 ago. 2016. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/08/1800063-globo-favorece-atoresocidentais-em-nucleo-japones-de-nova-novela-das-18h.shtml>. Acesso em: 12 abr. 2019.
MENGUE, Priscila. Além de 'Sol Nascente: artistas nipônicos reivindicam representatividade na TV e no cinema. O Estado de S. Paulo, 02 set. 2016. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/noticias/tv,alem-de-sol-nascente-artistas-niponicosreivindicam-representatividade-na-tv-e-no-cinema,10000073773>. Acesso em: 24 fev. 2019.
MORAES, Cecilia Inamura de. Mulheres de Desconforto: o consumo da imagem da mulher amarela. Medium, 22 out. 2019. Disponível em:
<https://medium.com/@cecilia.moraes/mulheres-de-desconforto-o-consumo-daimagem-da-mulher-amarela-aa84457e3063>. Acesso em: 15 abr. 2020.
MORDE & Assopra: A atriz Luana Tanaka é uma das apostas da novela. Rede Globo novidades. 16 fev. 2011. Disponível em:
<http://redeglobo.globo.com/novidades/noticia/2011/02/morde-assopra-atrizluana-tanaka-e-uma-das-apostas-da-novela.html>. Acesso em: 16 de abr. 2020.
MORI, Letícia. 'Não toleramos mais': por que velhas piadas estão inflamando debate sobre racismo entre descendentes de asiáticos no Brasil. BBC Brasil, São Paulo, 04 de ago. 2017. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil40816773>. Acesso em: 08 jun. 2020.
ORIENTE-SE. Manifesto do Coletivo Oriente-se no Brasil pela igualdade étnica. Oriente-se, 31 de agosto de 2016. Disponível em:
<http://orientese.com.br/manifesto>. Acesso em: 20 mar. 2019.
PEREZ, Clotilde. Condições antropossemióticas do negro na publicidade contemporânea. (BASTISTA, Leandro Leonardo. LEITE, Francisco organizadores.) O Negro nos espaços Publicitários Brasileiros: Perspectivas Contemporâneas em Diálogo. São Paulo (SP), 2011. p.61-84.
RICCO, Flávio; NERY, José Carlos. Novela "Morde & Assopra" tem problemas nos bastidores. Uol, TV e famosos, 11 de abril de 2011. Disponível em: <https://televisao.uol.com.br/colunas/flavio-ricco/2011/04/11/morde--assopratem-problemas-nos-bastidores.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 16 abr. 2020.
RODRIGUES, Cristiane. Ana Hikari fala sobre representatividade asiática na TV: 'Responsabilidade de inspirar outras meninas'. GSHOW Famosos, 18 de junho de 2020. Disponível em: <https://gshow.globo.com/Famosos/noticia/ana-hikari-falasobre-representatividade-asiatica-na-tv-responsabilidade-de-inspirar-outrasmeninas.ghtml>. Acesso em: 20 set. 2020.
SANTANA, André. A problemática Bang Bang estreava há 12 anos. Observatório da TV, 2017. Disponível em: <https://observatoriodatv.uol.com.br/noticias/aproblematica-bang-bang-estreava-ha-12-anos>. Acesso em: 23 jun. 2020.
SAYURI, Juliana. Como o antigo fetiche por mulheres asiáticas persiste na pornografia. Bol Uol, Entretenimento, Colaboração para o TAB, de Toyohashi (Japão), 24 de janeiro de 2020. Disponível em: <https://www.bol.uol.com.br/entretenimento/2020/01/24/por-que-o-antigofetiche-por-mulheres-asiaticas-persiste-napornografia.htm?cmpid=copiaecola&cmpid=copiaecola>. Acesso em: 21 jul.
SILVA, MR. Malhação: Viva a Diferença, um manifesto pela diversidade. Valkirias, TV, 15 mar. 2018. Disponível em: <http://valkirias.com.br/malhacao-viva-adiferenca-um-manifesto-pela-diversidade/>. Acesso em: 23 de jun. 2020.
SILVA, Tomaz Tadeu. A poética e a política do currículo como representação. Currículo da Biblioteca da Secretaria Municipal de Duque de Caxias - RJ, 1998. Disponível em: https://smeduquedecaxias.rj.gov.br/nead/Biblioteca/Formação%20Continuada/
Currículo/POÉTICA%20E%20A%20POLÍTICA%20DO%20CURRÍCULO%20COMO%20REPRESENTAÇÃO.htm. Acesso em: 09 maio 2024.
SOARES, Nana. Você já ouviu falar de feminismo asiático? O Estado de S. Paulo - E+, 30 mar. 2017. Disponível em: <https://emais.estadao.com.br/blogs/nanasoares/voce-ja-ouviu-falar-de-feminismo-asiatico/>. Acesso em: 3 abr. 2019.
STYCER, Mauricio. Manifesto de artistas orientais pede o fim da “discriminação étnica” na TV. Portal Gelédes, 01 set. 2016. Disponível em:
<https://www.geledes.org.br/manifesto-de-artistas-orientais-pede-o-fim-dadiscriminacao-etnica-na-tv/>. Acesso em: 18 maio 2024.
TOYAMA, Claudia Moraes; CASTRO, Paula Campos de. Descendentes, Estereótipos e Representatividade: A Busca de Uma Identidade. Revista Estação Científica, Juiz de Fora, nº 20, jul. – dezembro, 2018. Disponível em: <http://portal.estacio.br/media/3732324/descendentes-estere%C3%B3tipos-erepresentatividade-a-busca-de-uma-identidade.pdf>. Acesso em: 01 maio 2019.
ZHENG R. Why Yellow Fever Isn’t Flattering: A Case Against Racial Fetishes. Journal of the American Philosophical Association, 2016.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Estudos Culturais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
