Envelhecimento, gestão da(s) velhice(s) e cuidado(s) na pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2446-7693i6p38-59Palavras-chave:
Envelhecimento, Gestão de cuidado na velhice, Pandemia de Covid-19Resumo
A gestão da velhice, durante muito tempo considerada como própria da vida privada e familiar, nos meados do século XX ganhou expressão e legitimidade no campo das preocupações sociais e transformou-se em uma questão da esfera pública. Porém, recentemente, o avanço das idades sofreu um processo de re-privatização, que recoloca o envelhecer e seus destinos sobre a responsabilidade individual, abrindo es-paço, então, para que a velhice seja relativizada no leque das preocupações sociais do momento. No que se refere ao provimento de cuidados, esses processos tensionam o poder público, mas também a outras instituições e organizações da sociedade civil, tais como as comunidades e as famílias especialmente no contexto de pandemia de Covid-19.
Downloads
Referências
ARIÈS, P. História social da criança e da família. Ed. Guanabara, Rio de Janeiro, 1981.
ÁVILA, J.J. Geriatria e Gerontologia sua importância no mundo atual. In Senecta Revista Médico-Clínica e Terapêutica da Terceira Idade, ano 11 (1): 24, Rio de janeiro, 1978.
AYRES, J.R.C.M. Cuidado: tecnologia ou sabedoria prática? Interface Comunicação, Saúde, Educação, p. 117-120, nº 6, Botucatu, 2000.
BALANDIER, G. Pais e filhos primogênitos e caçulas. Antropológicas, Ed. CULTRIX/EDUSP, São Paulo, 1976.
BALTES, P.B. e BALTES, M.M. Phychological perspectives on successful aging: The model of selective optimization and compensation In Baltes, P.B. e Baltes, M. M. (orgs.). Successful aging. Perspective from the behavioral sciences. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
BEAUVOIR, S. A velhice: realidade incômoda, Difusão Européia do Livro, São Paulo, 1970.
BEAUVOIR, S. A Velhice. Trad. Maria Helena Franco Monteiro. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
BERQUÓ, E. S. Algumas considerações demográficas sobre o envelhecimento da população no Brasil. Em Anais do I Seminário Internacional – Envelhecimento Populacional: Uma Agenda para o Final do Século. Ministério da Previdência e Assistência Social – Secretaria da Assistência Social, p. 16–34, Brasília, 1996.
BERQUÓ e MOTTA LEITE, V. Algumas considerações sobre a demografia da população idosa no Brasil. Ciência e Cultura, São Paulo, 40 (7): 679-688, 1988.
BIRREN, J. e CLAYTON, V. (1967).
História da gerontologia. In Cadernos de Gerontologia Social. “Sedes Sapientiae”, São Paulo, 1988.
BOURDIEU, P. A juventude é apenas uma palavra. Questões de sociologia, Marco Zero. Rio de Janeiro, 1983.
BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 2a Ed., EDUSP, São Paulo, 1987.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 103 de 12/11/2019. Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição e disposições transitórias. Brasília, DF, 2019. Dis-ponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm Acesso em: 17 Out. 2021.
BRITTO DA MOTTA. Não está morto quem peleia: a pedagogia inesperada nos grupos de idosos. Tese de doutorado. Programa de pós-graduação em Educação. Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1999
COHEN, L. Não há velhice na índia: os usos da gerontologia. In DEBERT, G. G. (org.), Textos didáticos: antropologia e velhice IFCH/UNICAMP, nº 13, Campinas, Janeiro, 1998.
DEBERT, G. G. Envelhecimento e representação da velhice, Ciência Hoje 8 (44), 61-68, São Paulo, 1988.
DEBERT, G. G. As representações (estereótipos) do papel do idoso na sociedade atual. In Anais do I Seminário Internacional – Envelhecimento Populacional: Uma Agenda para o Final do Século. Ministério da Previdência e Assistência Social – Secretaria da Assistência Social, p. 35–45, Brasília, 1996.
DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice. EDUSP/FAPESP, São Paulo, 1999a
DEBERT, G. G. A construção e a reconstrução da velhice: família, classe social e etnicidade. IN NERI, A. L.; DEBERT, G. G. (orgs.) Velhice e sociedade, Papirus Editora, Campinas, 1999b.
DIEESE. Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Boletim especial - Quem são os idosos brasileiros. n.01 Abr. 2020. Disponível em www.dieese.org.br/boletimespecial/2020/boletimEspecial01.pdf Acesso em: 17 Out. 2021.
DUBY, G. Hommes et structures du moyen age. Mouton, Paris, 1973.
ELIAS, N. O processo civilizador: uma história dos costumes. Ed. Jorge Zahar, Rio de Janeiro, 1990.
ERIKSON, E. Childhood and Society. New York: Norton, 1950.
EVANS-PICHARD, E. E. O sistema de conjuntos etários: os Nuer. Ed. Perspectiva, Col. Estudos nº 53, São Paulo, 1993.
FEATHERSTONE, M.; HEPWORTH, M. Aging and old age: reflexions on the pos modern life-course. Em BYTHEWAY, B. et alii (orgs.), Becoming and being old: sociological approach to later life London, sage, 1989.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1978.
GROISMAN, D. A velhice entre o normal e o patológico. Hist.cien. saúde-Mangui-nhos 9(1): 61-78, ND. 2002
HELD, T. Institutionalization and deinstutionalization of the life course. Human deve-lopment, 29, 1986
HUTCHISON, A.M.M. L. e MIGUEL, D.F., Caminhos para velhices. Emancipar é pre-ciso! In: Velhices inéditas, envelhecimento e o estatuto do Idoso: diálogos com Paulo Freire. Edições Hipótese, 2021.
KALACHE, A. Envelhecimento no contexto internacional: a perspectiva da Organização Mundial da Saúde. In Anais do I Seminário Internacional – Envelhecimento Populacional: Uma Agenda para o Final do Século. Ministério da Previdência e Assistência Social – Secretaria da Assistência Social, Prefácio, Brasília, 1996.
KALACHE, A.; VERAS, R.P.; RAMOS LR. O envelhecimento da população mundial: um desafio novo. Revista de Saúde Pública 21 (3), p. 200-10, São Paulo, 1987.
KARSCH, U.M.S. O processo de envelhecimento como campo de investigação (levantamento do Estado da Arte da produção acadêmica) na área das ciências humanas. Datilo, São Paulo, 1996
KARSCH, U.M.S, (org), Envelhecimento com dependência: revelando cuidadores. EDUC, São Paulo, 1998.
KINSELLA, A.; ABODERIN, P., An aging world II International Population Reports, U. S. Department of Commerce Economics and Statitics Admnistration, BUREAU OF THE CENSUS. Washington D. C.: U. S. Government Printig Office, 1992.
LIMA, A.M.M. Saúde no Envelhecimento: o discurso sanitário nos programas de saúde. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.
LIMA, TEIXEIRA e RODRIGUES, 1992 LIMA, A M.M.; TEIXEIRA, RR; DALMASO, ASW.; Sala, A.; Cohen, DD. Programa de Atenção à Saúde no Envelhecimento: avaliação de um modelo integrativo das ações em saúde na atenção primária. Apresentado ao II Congresso Brasileiro de Epidemiologia, ABRASCO, Belo Horizonte, datilo, 1992
LIMA, A M. M., Saúde e envelhecimento: o autocuidado como questão. Tese de doutorado, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.
LUZ, MT. Políticas de descentralização e cidadania: novas práticas de saúde no Brasil atual. IN Os sentidos da integralidade na atenção e no cuidado à saúde (PINHEIRO, R.; MATTOS, R. A orgs.), IMS–UERG ABRASCO, Rio de Janeiro, 2001.
MAYBURY-LEWIS, D. O sistema de classes de idade. IN: A sociedade Xavante Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1984.
MEAD, M. Coming of age in Samoa. American Museum of Natural History, New York, 1973.
MEDINA, M.C.G. Condição previdenciária, saúde e incapacidade de idosos residentes no município de São Paulo. Tese de doutoramento. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo,1993.
MERHY, E.E. Um ensaio sobre o médico e suas valises tecnológicas. Interface Comunicação, Saúde, Educação, p. 109-116, nº 6, Botucatu, 2000.
MOODY, H. R. Overview: What’s critical gerontology and why is it important? In COLE, T. R. (org.). Voices and visions of aging: Toward a critical Gerontology. Springer, New York, 1993.
NEMES FILHO, A. A unidade básica e o sistema de saúde. In Saúde do Adulto: programas e ações na unidade básica. (SCHRAIBER, L.B.; NEMES, M. I. B.; MENDES-GONÇALVES, R. B. org), p. 109– 32, São Paulo, Hucitec, 2a Ed., 2000.
NERI, AL. Tendências da pesquisa gerontológica nas áreas de Psicologia e das Ciências Sociais no Brasil identificadas no período 1975–1996. Datilo, Campinas, 1996.
NERI, A. L. (org.) Qualidade de vida e idade madura. Papirus Editora, 2a edição Campinas, 1999.
NERI, A. L.; DEBERT, G. G. Velhice e sociedade. Papirus Editora, Campinas, 1999.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Asamblea Mundial sobre el envejeci-miento. Viena, 1982.
RAMOS L. R. Growing old in São Paulo. Tese de doutorado. London School of Hygy-ene and Tropical Medicine, London, 1987.
RAMOS L. R.; GAIHMAN, S. Geographic Stratification by socio-economic status: methodology from a household survey with elderly people in São Paulo, Brazil. Rev. Saúde Pública, 23: 478–92, 1989.
SCOTT, PS. Quase adulta quase velha: por que antecipar as fases do ciclo vital? Interface–Comunic, Saúde, Educ, v. 5, nº 8, p. 61–72, Botucatu, 2001.
SEADE (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). O idoso na grande São Paulo, Coleção Realidade Paulista, São Paulo, 1990.
SILVA, IR; GÜNTER, I. Papéis sociais e envelhecimento em uma perspectiva de curso de vida. Psicologia Teoria e Pesquisa., vol. 16, nº 1, Brasília, 2000.
SEEGER, A. Os velhos nas sociedades tribais, os índios e nós: estudos sobre sociedades tribais brasileiras, Rio de Janeiro, Ed. Campus, 1980.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (SAS). Comitê Mu-nicipal de Análise de Mortalidade do Idoso da Secretaria Municipal de Saúde, Site: www.prodam.sp.gov.br São Paulo, 2001.
SCHUCH, P., VÍCTORA, C.G., and SIQUEIRA, M.D. Cuidado e controle na gestão da velhice em tempos de Covid-19. In: MATTA, G.C., REGO, S., SOUTO, E.P., and SEGATA, J., eds. Os impactos sociais da Covid-19 no Brasil: populações vulnerabilizadas e respostas à pandemia [online]. Rio de Janeiro: Observatório Covid 19; Editora FIOCRUZ, 2021, pp. 149-157. Informação para ação na Covid-19 series. ISBN: 978-65-5708-032-0. https://doi.org/10.7476/9786557080320.0012.
SIMMONS, L. W. The role of the aged in primitive society. Yale University Press, New Haven, 1945.
TEIXEIRA, S.F. (org.). Reforma sanitária: em busca de uma teoria. Rio de janeiro, Cortez–ABRASCO, Rio de Janeiro, 1989.
TORNSTAM, L. The Quo Vadis of Gerontology: on the scientific paradigm of geronto-logy. The Gerontologist, 32, 3, 1992 apud DEBERT, G. G. A reinvenção da velhice, EDUSP/FAPESP, São Paulo, 1999.
TOUT, K.Aging in developing countries. Oxford University Press, New York, 1989.
VERAS, R.P., País jovem com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. Relume–dumará, Rio de Janeiro, 2ª Ed., 1994.
VERAS, R.P., Envelhecimento populacional contemporâneo: demandas, desafios e inovações. Revista de Saúde Pública, v. 43 p. 548-554, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/pmygXKSrLST6QgvKyVwF4cM/?format=pdf&lang=pt Acesso em: 17 Out. 2021.
World Health Organization. ICD-11 for Mortality and Morbidity Statistics (Version: 05/2021) Geneva: WHO; 2019 [citado 20 ago 2019]. Disponível em: https://icd.who.int/browse11/l-m/en
ZARIT, SH.; PEARLIN, LI.; SCHAIE, WK. Carregiving systems: Informal and formal help-ers. Lawrence Earlbaum Associates, Hillsdale, New Jersey, 1993.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista Estudos Culturais

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.