Deculturar os índios para torná-los Índio

arqueologia e arqueobotânica como expedientes disciplinares para restaurar os índios plurais na formação cultural brasileira

Autores

  • Carlos Alberto Dória

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i2p77-78

Palavras-chave:

Deculturação, Etnologia, Arqueologia, Arqueobotânica, Cozinha brasileira

Resumo

O mito original da culinária brasileira nos diz que seu processo de formação começa em 1500, com o consumo gradativo de uma alimentação “miscigenada”. Ele nega que haja cozinha que possa ser chamada “brasileira” antes do descobrimento. Em outras palavras, lhe é indiferente o que os índios comiam. Assim, uma moderna consciência descolonizada precisa reconstruir o passado arqueológico de centenas de povos originais como substrato básico a partir do qual se formou a culinária atual – considerando o comer indígena em suas diferenças culturais, regionais e locais anteriores à chegada dos portugueses.

 

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Biografia do Autor

  • Carlos Alberto Dória

    Doutor e pós-doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), especializou-se na área de Sociologia da Alimentação, sendo autor de livros como Formação da culinária brasileira (2014) e, em parceria com Marcelo Corrêa Bastos, A culinária caipira da Paulistânia (2018). Mantém o blog e-BocaLivre, focado na temática, e a coluna Tarja Preta, sobre a indústria e as políticas atuais de agrotóxicos, no blog Nocaute de Fernando Morais. No II Simpósio Internacional de Pesquisa em Alimentação, participou da mesa-redonda “Interdisciplinaridade na pesquisa em alimentação”.

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Publicado

2019-11-30

Como Citar

Dória, C. A. (2019). Deculturar os índios para torná-los Índio: arqueologia e arqueobotânica como expedientes disciplinares para restaurar os índios plurais na formação cultural brasileira. Revista Ingesta, 1(2), 77-78. https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i2p77-78