Do garfo à pena
uma história da alimentação do Rio Grande do Sul a partir de relatos de viajantes oitocentistas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2596-3147.v1i2p157Palavras-chave:
História da alimentação do Rio Grande do Sul, Práticas alimentares, Viagens e viajantes, Representações, Patrimônio alimentarResumo
Nesta comunicação apresentamos a análise das narrativas de viagem de Nicolau Dreys, Auguste de Saint-Hilaire, Carl Seidler e Robert Avé-Lallemant, que percorreram a província do Rio Grande do Sul, entre 1817 e 1858, com o objetivo de identificar e discutir as representações construídas por estes viajantes sobre as práticas alimentares vigentes na província, bem como de demonstrar cartograficamente as atividades relativas ao preparo/trabalho na terra, ao cultivo e ao consumo de alimentos nas diversas regiões da província no Oitocentos. A investigação se fundamenta teoricamente na História Cultural e metodologicamente na Análise Textual Discursiva, tendo considerado, para a análise das obras dos quatro viajantes, as categorias produção, preparação e consumo de alimentos; comensalidade e etiqueta [distinção e estratificação social à mesa]; hospitalidade, reciprocidade e sociabilidade; saúde e alimentação e tabus e significados simbólicos. Para além das representações sobre as práticas alimentares e das evidências de que elas estiveram inequivocamente vinculadas às experiências sociais e culturais daqueles que as descreveram, a análise que fizemos das narrativas dos viajantes possibilitou a identificação e a discussão das informações sobre os alimentos produzidos, as práticas de cultivo, de consumo e de sociabilidade e, também, sobre as relações de trabalho nas diferentes regiões da província do Rio Grande do Sul, apontando para a inegável contribuição dessas fontes para uma História da Alimentação do Rio Grande do Sul oitocentista.
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