A música não é suficiente: a apropriação da categoria "arte sonoro" na Argentina
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v20i1.170852Palavras-chave:
Arte sonoro, Arte do som, Categorias, Argentina, Instituições musicais, IdentidadesResumo
O primeiro evento na Argentina a incluir arte sonoro em sua programação foi o Experimenta. Em seus concertos e workshops, foi um divisor de águas para a música experimental argentina no final dos anos 1990. Desde sua primeira edição em 1997, tem desafiado círculos e procedimentos já arraigados na música, reunindo artistas de diferentes gerações e indagações sonoras. Foi na edição do ano 2000 que o festival incorporou como uma de suas tags a expressão arte sonoro pela primeira vez. O que acontece quando se torna necessário, de um momento para outro, usar uma nova expressão para designar uma atividade artística?
A hipótese de que música não é suficiente sublinha a história da arte dos sons na Argentina, que pretende desvendar o momento fundador quando a categoria arte sonora começou a ser usada na programação dos eventos e festivais.
A partir da observação do arcabouço textual em torno de obras e eventos - ou seja, dos catálogos, textos críticos e press releases - veremos que, desde 2000 na Argentina, a circulação inicial da expressão arte sonoro mostra o que poderia ser compreendido como origem musical, como uma reação ao que estava estabelecido, e como uma das características que contribuem para uma identidade particular da antiga arte sonoro na Argentina, em contraste com outras histórias - de outras geografias - que usualmente relacionam a origem da arte do som com instalações artísticas e a participação de galerias e museus.
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