Os desafios da pós-modernidade para o direito penal brasileiro: reflexões a partir da contribuição de Antonio Luis Chaves Camargo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8235.v114p139-156Palavras-chave:
Funcionalismo, Teoria dos sistemas, Teoria discursiva do Direito, Pós-modernidade, Direito PenalResumo
O presente artigo propõe uma leitura do momento histórico que caracteriza o pós-finalismo no Direito Penal. Parte-se, neste intento, da concepção de pós-modernidade programaticamente apresentada por Antonio Luis Chaves Camargo ao final dos anos 90. A partir de provocações do antigo professor da FDUSP, pontua-se a contribuição da teoria dos sistemas e da teoria discursiva do Direito para esse ramo jurídico.
Downloads
Referências
ALVES, Alaôr Caffé. Dialética e direito: linguagem, sentido e realidade. Barueri: Manole, 2010.
CAMARGO, Antonio Luis Chaves. Contradições da modernidade e direito penal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 4, n. 16, p. 114-126, out./dez. 1996.
CAMARGO, Antonio Luis Chaves. Imputação objetiva e direito penal brasileiro. São Paulo: Cultural Paulista, 2002.
CAMARGO, Beatriz Corrêa. O finalismo no direito penal brasileiro: uma abordagem crítica da ciência jurídico-penal no Brasil. In: SILVEIRA, Renato de Mello Jorge; SALVADOR NETTO, Alamiro Velludo; SOUZA, Luciano Anderson de. (coord.). Direito penal na pós-modernidade: escritos em homenagem a Antonio Luis Chaves Camargo. São Paulo: Quartier Latin, 2015.
CAMPILONGO, Celso Fernandes. O direito na sociedade complexa. São Paulo: Max Limonad, 2000.
DE GIORGI, Raffaele. Direito, tempo e memória. Tradução de Guilherme Leite Gonçalves. São Paulo: Quartier Latin, 2006.
GÜNTHER, Klaus. A culpabilidade no direito penal atual e no futuro. Revista Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 24, p. 79-92, 1998a.
GÜNTHER, Klaus. Die zuschreibung strafrechtlicher verantwortlichkeit auf der grundlage des verstehens. In: LÜDERSSEN, Klaus (org.). Aufgeklärte kriminalpolitik oder kampf gegen das böse? Baden-Baden: Nomos, 1998b. v. 1.
GÜNTHER, Klaus. Möglichkeiten einer diskursethischen begründung des strafrechts. In: JUNG Heike; MÜLLER-DIETZ, Heinz; NEUMANN, Ulfrid (org.). Recht und moral: beiträge zu einer standortbestimmung. Baden-Baden: Nomos, 1991.
GÜNTHER, Klaus. Schuld und kommunikative Freiheit: studien zur personalen zurechnung strafbaren unrechts im demokratischen rechtsstaat. Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2005.
HABERMAS, Jürgen. O filósofo como verdadeiro professor de direito. Tradução Rúrion Soares Melo. Revista Direito GV, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 179-190, jun./dez. 2005.
HASSEMER, Winfried. Puede haber delitos que no afecten a un bien jurídico penal? In: HEFENDEHL, Roland; HIRSCH, Andrew von; WOHLERS, Wolfgang (ed.). La teoría del bien jurídico: ¿fundamento de legitimación del derecho penal o juego de abalorios dogmático? Madrid: Marcial Pons, 2007.
HERRERO, Francisco Javier. Jürgen Habermas: teoria crítica da sociedade. Síntese, Belo Horizonte, v. 6, n. 15, p. 11-36, 1979.
JAKOBS, Günther. Das Strafrecht zwischen Funktionalismus und „alteuropäischem” Prinzipiendenken. Zeitschrift für die gesamte Strafrechtswissenschaft, München, v. 107, n. 4, p. 843-876, 1995.
KINDHÄUSER, Urs. Strafrecht: allgemeiner teil. Baden-Baden: Nomos, 2015.
LUHMANN, Niklas. Sociologia do direito. Trad. Gustavo Bayer. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983. v. 1.
MATURANA, Humberto R.; VARELA, Francisco J. Autopoiesis and cognition: the realization of the living. Dordrecht: D. Reidel, 1980.
NEVES, Rômulo Figueira. Entrevista com Marcelo Neves: a teoria dos sistemas sociais de Niklas Luhmann. Plural, São Paulo, v. 11, p. 121-133, 2004. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/plural/article/view/68086/78823. Acesso em: 11 jun. 2018.
PAWLIK, Michael. Ciudadanía y derecho penal: fundamentos de la teoría de la pena y del delito en un estado de libertades. Traducción Ricardo Robles Planas; Nuria Pastor Muñoz; Ivó Coca Vila e Héctor García de la Torre. Barcelona: Atelier, 2016.
PÜSCHEL, Flavia Portella; MACHADO, Marta Rodriguez de Assis. Teoria da responsabilidade no Estado Democrático de Direito: textos de Klaus Günther. São Paulo: Saraiva, 2009.
ROXIN, Claus. Derecho penal: parte general: fundamentos: la estructura de la teoría del delito. Trad. Diego-Manuel Luzón Peña, Miguel Díaz y García Conlledo e Javier de Vicente Remesal. Madrid: Civitas, 2008. Tomo 1.
SCHÜNEMANN, Bernd. Consideraciones críticas sobre la situación espiritual de la ciencia jurídico-penal alemana. Anuario de derecho penal y ciencias penales, Madrid, v. 49, n. 1, p. 187-218, 1996. Disponível em: https://www.boe.es/publicaciones/anuarios_derecho/abrir_pdf.php?id=ANU-P-1996-10018700218.
SIEBER, Ulrich. Limites do direito penal: princípios e desafios do novo programa de pesquisa em direito penal no Instituto Max-Planck de direito penal estrangeiro e internacional. Tradução Alessandro Hirata. Revista Direito GV, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 269-330, jan./jun. 2008.
SILVA SÁNCHEZ, Jesús-María. Presupuestos socio-políticos de la atribuición de responsabilidad penal. In: GONZÁLEZ TASCÓN, María Marta; VILLA SIERO, Sonia Victoria; FERNANDÉS TERUELO, Javier Gustavo (coord.). Estudios penales en homenaje al profesor Rodrigo Fabio Suárez Montes. Oviedo: Constitutio Criminalis Carolina, 2013.
TEUBNER, Gunther. O direito como sistema autopoiético. Trad. José Engrácia Antunes. Lisboa: Fundação Calouste Gulbekian, 1989.
WELZEL, Hans. Strafrecht und philosophie. In: WELZEL, Hans. Abhandlungen zum strafrecht und zur rechtsphilosophie. Berlin: Walter de Gruyter, 1975.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista da Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.