Isócrates e a filosofia
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0102-25551976000100001Resumo
Tratar de Isócrates depois de se haver tratado de Platão implica, necessariamente, em deixá-lo em má situação e em sacrificá-lo, até certo ponto, a seu brilhante rival. Qualquer que seja o ponto de vista em que nos situemos: poder de sedução, fulgor de personalidade, riqueza do temperamento, profundidade de pensamento, e, mesmo, senso artístico, Isócrates não poderia ser lançado ao mesmo plano de Platão; sua obra parece chã e monótona, sua influência superficial e perniciosa... escreve Henri I. Marrou na sua já hoje clássica História da Educação na Antiguidade. Ressoa nesta passagem aquela oposição, tão comum, entre a filosofia, mergulhada no mistério profundo do ser e do pensamento, e a retórica, no máximo uma arte brilhante, capaz de formar o vir bônus dicendi peritus.Downloads
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