Cultura do povo e educação popular

Autores

  • Celso de Rui Beisiegel

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0102-25551979000100004

Palavras-chave:

Educação de Adultos, Desenvolvimento Social, Política Educacional

Resumo

A proposta do autor é demonstrar que as transformações ocorridas nos movimentos educativos se devem muito mais aos interesses das classes dominantes, desejosas de imprimir um ritmo desenvolvimentista à sociedade brasileira, do que ao propósito de atender as necessidades da grande massa da população. Analisa a modificação ocorrida na rede escolar secundária no Estado de São Paulo em 1945, com a queda do Estado Novo, até o final da década de 60, período marcado por profundas mudanças sócio-econômicas e políticas, que determinaram alterações no sistema de ensino paulista. Faz um retrospecto do movimento liberal no país, desde suas origens, mostrando de que modo o liberalismo influenciou a concepção de uma educação popular, e as transformações dos processos educativos. Traça dois paralelos entre dois movimentos aparentemente semelhantes: a Campanha Nacional de Educação de Adultos, promovida pelo Ministério de Educação e Saúde em, 1947, e o Programa Nacional de Alfabetização, que utilizava o método Paulo Freire de Alfabetização de Adultos, deixando bem clara a diferença entre um programa que tinha em vista os intedia a conscientizar os indivíduos de sua situação de classe. Considera o aspecto político como fator decisivo ao entendimento das transformações ocorridas, já que estas exprimem a orientação dos grupos no poder: enfatiza que somente no âmbito dos interesses políticos o termo educação popular adquire um significado mais preciso.

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Publicado

1979-12-01

Edição

Seção

Colaborações