Da ação da saponina sobre peixes: Guarus (Poecilia sp.) e Acarás (Geophagus sp.)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v3i1/2p19-26Palavras-chave:
O artigo não apresenta palavras-chave.Resumo
A experimentação foi efetuada quer com soluções de saponina quer com macerado aquoso de saboneteira (Sapindus saponaria). A atividade deste, em soluções equivalentes à solução a um por mil de saponina J. D. RIEDEL, mostrou-se muito maior não evidenciando o envelhecimento das soluções, alterações do efeito tóxico. Observaram que a ação tóxica de tal veneno sobre certos gêneros de peixes (Geophagus sp. e Poecilia sp.) se manifesta por cinco fases sucessivas — excitacão; asfixiamento; depressão inicial; depressão adiantada; morte —e que o tempo decorrente entre elas é variável. Tais variações demonstraram-se influenciáveis pela concentração da saponina ou do macerado de saboneteira, sendo igualmente dependentes do porte do animal. A temperatura mais elevada, segundo observações feitas a 15°,20° e 25°C, implica num encurtamento dos períodos das diversas fases, enquanto o estado de jejum não parece ter significado para a mais pronta evidenciação dos efeitos esperados. A capacidade de restabelecimento dos peixes só é possível se retirados na primeira fase das manifestações tóxicas; quando retirados em qualquer das outras quatro fases subsequentes, não houve sobrevivência de nenhum deles.