Escola Sem Partido e Ideologia de Gênero: reflexões sobre a educação e a luta pela construção de uma sociedade justa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v9p162-178Palavras-chave:
Educação, Gênero, Desigualdade, Sociedade, PolíticaResumo
Este artigo é resultado do esforço coletivo para a conclusão de uma disciplina de Preparação Pedagógica para o Ensino Superior, cuja sugestão foi um debate focado no eixo Educação e Gênero. A partir desta proposta, pretendemos problematizar o discurso da Escola sem Partido, projeto de lei que se diz politicamente neutro, mas se mostra, pelo contrário, aderido ao combate da chamada ideologia de gênero, carregando valores de moral e religião bem específicos, característicos de uma visão conservadora e de perpetuação das desigualdades de gênero. Para a discussão, retomamos principalmente a concepção da educação enquanto prática emancipadora, tal qual abordada por Adorno e Paulo Freire, pois ambos supõem sujeitos ativos e questionadores, potencialmente transformadores da sociedade e, portanto, com potencial para a superação do sexismo e machismo. Como conclusão, reafirmamos a educação como lócus privilegiado e fundamental para que possamos avançar em tantas questões relativas à violência e discriminações estruturais entre homens e mulheres.
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