Juventudes e Políticas: uma abordagem das ocupações estudantis brasileiras de 2015 e 2016

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v9p235-253

Palavras-chave:

Juventude, Movimento estudantil, Ocupação estudantil, Educação, Participação política

Resumo

O artigo tem como objetivo abordar o movimento de ocupações estudantis ocorridas em 2015 e 2016 no Brasil em sua relação com algumas proposições vinculada a juventude. A promulgação do Estatuto da Juventude se coloca como um marco no que diz respeito a políticas para tal público no Brasil. Diversos autores(as) e teóricos(as) se debruçam sobre definições e entendimentos sobre a juventude, assim como são vários os olhares que o Estado, partidos e grupos políticos atribuem às pessoas que se enquadram neste período de vida. Nos anos de 2015 e 2016, jovens estudantes realizaram ocupações de instituições educacionais por todo o Brasil. Tais movimentos possuíram caraterísticas que os diferenciaram dos ditos movimentos estudantis tradicionais. As ocupações estudantis de 2015 e 2016 defenderam propostas de educação pública, gratuita e de qualidade; se colocaram contra modelos de educação gerencialistas e neoliberais; e lutaram por uma concepção de escola e educação baseadas na gestão democrática e na prática e instituição do comum.

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Biografia do Autor

  • Leandro Amorim Rosa, Universidade Federal do Acre

    Psicólogo e Mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil, e doutor em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, Brasil. Atualmente é professor na graduação de Psicologia da Universidade Federal do Acre, Rio Branco, Brasil.

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Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Rosa, L. A. (2019). Juventudes e Políticas: uma abordagem das ocupações estudantis brasileiras de 2015 e 2016. Revista Gestão & Políticas Públicas, 9(2), 235-253. https://doi.org/10.11606/issn.2237-1095.v9p235-253

Dados de financiamento