Da Bienal ao MAM, a trajetória de Maria Ricardina a Diná Lopes Coelho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/2316901X.n87.2024.e10681

Palavras-chave:

Diná Lopes Coelho, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), Panorama de Arte Atual Brasileira

Resumo

Analisamos aqui a trajetória de Diná Lopes Coelho, enfatizando suas dificuldades e realizações como secretária-geral da Bienal de São Paulo e diretora do MAM-SP. Problematizamos sua atuação como articuladora, gestora cultural e curadora, assim como os desafios da avaliação de seu legado. Demonstramos que, apesar de sua participação ativa, Diná enfrentou o esquecimento e a desvalorização de sua influência, muitas vezes atribuída a qualidades “femininas” naturalizadas. A criação dos Panoramas é apresentada como uma de suas maiores contribuições, refletindo seu papel significativo, embora muitas vezes subestimado, no cenário artístico brasileiro.

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Biografia do Autor

  • German Alfonso Nunez, Universidade de São Paulo

    German Alfonso Nunes é pós-doutor em Sociologia pelo Núcleo de Sociologia da Cultura da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (NSC/FFLCH/USP).

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Publicado

2024-05-28

Edição

Seção

Dossiê: A crítica de arte feita por mulheres e seus desdobramentos institucionais

Como Citar

Nunez, G. A. (2024). Da Bienal ao MAM, a trajetória de Maria Ricardina a Diná Lopes Coelho . Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(87), 1-26. https://doi.org/10.11606/2316901X.n87.2024.e10681