Ainda o conservadorismo popular: variações contemporâneas de uma ideia renitente
DOI:
https://doi.org/10.11606/2316901X.n89.2024.e10716Palavras-chave:
Conservadorismo, Pensamento político-social brasileiro, PovoResumo
O artigo pretende reconstruir uma ideia mobilizada por autores de tempos e linhagens diversas: a suposta tendência conservadora do povo brasileiro. Preocupados com seus usos contemporâneos, escolhemos três autores tão diversos quanto influentes no debate público brasileiro da última década – André Singer, Lilia Schwarcz e Olavo de Carvalho – como uma forma de refletir, a partir de suas ideias a respeito do conservadorismo, do povo brasileiro e da cultura política nacional em geral, sobre possíveis convergências entre reflexões profundamente díspares e de propor hipóteses acerca da construção de sensos comuns, intelectuais e políticos, dentre as interpretações do Brasil.
Downloads
Referências
BOLSONARO, Jair. Discurso do Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante cerimônia de Recebimento da Faixa Presidencial. Brasília, 1º de janeiro de 2019. Disponível em: https://shorturl.at/rOXvi. Acesso em: out. 2024.
BRANDÃO, Gildo Marçal. Linhagens do pensamento político brasileiro. São Paulo: Hucitec, 2007.
BUCKLEY JR., William F. God and man at Yale: the superstitions of "Academic Freedom". Chicago: Henry Regnery Company, 1951.
CANDIDO, Antonio. O significado de Raízes do Brasil. In: HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Editora José Olympio, 1969.
CARDOSO, Fernando Henrique. Empresário industrial e desenvolvimento econômico no Brasil. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1964.
CARVALHO, Olavo. A nova era e a revolução cultural: Fritjof Capra &Antonio Gramsci. Rio de Janeiro: Instituto de Artes Liberais & Stella Caymmi, 1994.
CARVALHO, Olavo. A direita a serviço da esquerda.Diário do Comércio, 9 de abril de 2007. Disponível em: http://olavodecarvalho.org/a-direita-a-servico-da-esquerda. Acesso em: 21 jun.2022.
CARVALHO, Olavo. Porque a direita sumiu. Diário do Comércio, 2 de março de 2012. Disponível em: https://olavodecarvalho.org/por-que-a-direita-sumiu. Acesso em: 21 jun.2022.
CARVALHO, Olavo. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. Rio de Janeiro: Record, 2013.
CAVALCANTE, Sávio; CHAGURI, Mariana M.; NICOLAU NETTO, Michel. O conservadorismo-liberal no Brasil: a força da articulação no contexto de pandemia. Brasiliana: Journal for Brazilian Studies, v. 10, n. 1, October 2021, p. 285-307. https://doi.org/10.25160/bjbs.v10i1.127240.
CHALOUB, Jorge. Uma obra entre o reacionarismo e o conservadorismo: o pensamento de Olavo de Carvalho. DoisPontos, v. 19, n. 2, julho 2022, p. 78-96. https://doi.org/10.5380/dp.v19i2.87162.
CHALOUB, Jorge; LIMA, P. L.; PERLATTO, Fernando. Direitas no Brasil contemporâneo. Teoria e Cultura, v. 13, n. 2, 2018, p. 9-22. https://doi.org/10.34019/2318-101X.2018.v13.13988.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. 4ed. São Paulo: Editora Globo, 2008.
FREEDEN, Michael. Ideologies and political theory: a conceptual approach. Oxford: Oxford, 1996.
IANNI, Octavio. O colapso do populismo no Brasil Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26. ed. São Paulo: Companhia das. Letras, 1995.
JARDIM, Eduardo. A brasilidade modernista. Rio de Janeiro: Graal, 1978.
MANNHEIM, Karl. Conservative thought. In: MANNHEIM, Karl. Essays on sociology and social psychology. London: Routledge & Kegan Paul, 1959, p. 74-119.
MARX, K. O 18 Brumário de Luis Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011.
MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1998.
MISKOLCI, Richard; CAMPANA, Maximiliano. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e Estado, v. 32, n. 3, 2017, p. 723-745. https://doi.org/10.1590/s0102-69922017.3203008.
NASH, George H. The conservative intelectual movement in America since 1945. New York: Basic Books, 1976.
PHILLIPS, Anne. The politics of presence. Oxford: Oxford University Press, 1995.
PHILLIPS-FEIN, Kim. Conservatism: a state of the field. The Journal of American History, v. 98, n. 3, December 2011, p. 723-743. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/41510116. Acesso em: out. 2024.
PIERUCCI, A. F. As bases da nova direita. Novos Estudos, São Paulo, v. 3, n. 19, dez. 1987, p. 26-45. Disponível em: https://novosestudos.com.br/produto/edicao-19. Acesso em: out. 2024.
ROCHA, Camila. Menos Marx, mais Mises. São Paulo: Todavia, 2021.
SANTOS, Wanderley Guilherme dos. Ordem burguesa e liberalismo político. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
SCHWARCZ Lilia, M. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019a.
SCHWARCZ, Lilia M. Sempre fomos autoritários: [Entrevista concedida a] Andressa Rovani. 2019b. Disponível em: https://shorturl.at/3nGDh. Acesso em: 24 de agosto de 2024.
SINGER, André. Esquerda e direita no eleitorado brasileiro. São Paulo: Edusp, 2000.
SINGER, André. Sentidos do lulismo: reforma gradual e pacto conservador. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
SINGER, André. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
SINGER, André. A reativação da direita no Brasil. Opinião Pública, v. 27, n. 3, 2021, p. 705-729. https://doi.org/10.1590/1807-01912021273705
VIANNA, L. W. Weber e a interpretação do Brasil. Novos Estudos, v. 53, 1999, p. 33-47. Disponível em: https://novosestudos.com.br/produto/edicao-53/#gsc.tab=0. Acesso em: out. 2024.
WEFFORT, Francisco. Política de massas. In: IANNI, Otavio; SINGER, Paulo; COHN, Gabriel; WEFFORT, Francisco. Política e revolução social no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965, p. 161-198.
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.