Fracasso da forma ou visão de país em A Confederação dos Tamoios
DOI:
https://doi.org/10.11606/2316901X.n90.2025.e10714Palavras-chave:
Gonçalves de Magalhães, Épica romântica brasileira, Literatura e formação do BrasilResumo
A partir do confronto entre a primeira edição do poema A Confederação dos Tamoios, de 1856, e a versão revista de 1864, este artigo propõe que o fracasso do poema, estabelecido pela crítica contemporânea e mantido como julgamento posterior pela história literária, era, na verdade, fruto de uma concepção de épica mais maleável e de uma visão de formação do Brasil menos heroica e mais violenta do que as dominantes na época.
Downloads
Referências
ALENCAR, José de. Cartas sobre A Confederação dos Tamoios. Rio de Janeiro: Empresa Tipográfica Nacional do Diário, 1856.
ALENCAR, José de. (1865). Iracema. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988
ALENCAR, José de. (1857). O guarani. São Paulo: Ática, 1996.
ALVES, Castro. (1876). A cachoeira de Paulo Afonso. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
BOECHAT, Maria Cecília. A consciência criadora de Gonçalves de Magalhães: retorno a “Amância”. Revista do Centro de Estudos Portugueses, v. 31, n. 45, jan.-jun. 2011, p. 117-130. https://doi.org/10.17851/2359-0076.31.45.117-130
BRUNHARA, Rafael. A Confederação dos Tamoios, epopeia modelar. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 22, n. 40, maio-ago. 2020, p. 73-83. https://doi.org/10.1590/2596-304X20202240rb.
CAMPATO Júnior, João Adalberto. A Confederação dos Tamoios: gênese, retórica e ideologia da epopeia do segundo reinado. Curitiba: CRV, 2014.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira. 6 ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981.
CASTELLO, José Aderaldo. A polêmica sobre A Confederação dos Tamoios. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, 1953.
FERREIRA, Cristina; LENZ, Thiago. Duas narrativas para o lugar dos indígenas nas origens da nação: a história ficcional de Magalhães e Alencar. Almanack, Guarulhos, n. 23, dez. 2019, p. 202-238. http://dx.doi.org/10.1590/2236-463320192309.
FERRETTI, Danilo José Zioni. A Confederação dos Tamoios como escrita da história nacional e da escravidão. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 17, abr. 2015, p. 171-191. https://doi.org/10.15848/hh.v0i17.831.
MACHADO, Alcântara. Gonçalves de Magalhães ou o romântico arrependido. São Paulo: Acadêmica, 1936.
MAGALHÃES, D. J. G. Suspiros poéticos e saudades. Paris: Dauvin et Fontaine, 1836.
MAGALHÃES, Gonçalves de. A Confederação dos Tamoios. Rio de Janeiro: Tipografia de Paula Brito, 1856.
MAGALHÃES, Gonçalves de. A Confederação dos Tamoios. 2 ed. Rio de Janeiro: Garnier, 1864.
MAGALHÃES, Gonçalves de. Opúsculos históricos e literários. Rio de Janeiro: Garnier, 1865.
MAGALHÃES, Gonçalves de. A Confederação dos Tamoios: edição fac-similar seguida da polêmica sobre o poema. Organização de Maria Eunice Moreira e Luís Bueno.Curitiba: Editora UFPR, 2007. (Letras do Brasil, n. 7).
MAGALHÃES, Gonçalves de. A Confederação dos Tamoios. Introdução e notas de João Adalberto Compato. In: TEIXEIRA, Ivan (Org.). Multiclássicos épicos. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial, 2008, p. 827-1.093.
NEIVA, Saulo. Reler hoje A Confederação dos Tamoios?.Brasil/Brazil, v. 30, n. 55, 2017, p. 1-17. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/brasilbrazil/article/view/75906. Acesso em: out. 2024.
PEIXOTO, Sérgio Alves. A consciência criadora na poesia brasileira do barroco ao simbolismo. São Paulo: Annablume, 1997.
VARNHAGEN, Francisco Adolfo. História geral do Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro: Laemmert, 1877.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
- Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons do tipo atribuição CC-BY.