Entre “Sacigiotto” e “Sacigropius”: o ateliê, a cidade e o legado público de Luiz Sacilotto

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/2316901X.n92.2025.e10766

Palavras-chave:

Luiz Sacilotto, Arte concreta, Artes aplicadas

Resumo

O artigo analisa a obra e as reflexões de Luiz Sacilotto entre 1950 e 1970 a partir de três itens pouco conhecidos localizados em seu ateliê em Santo André: um anúncio publicitário que o tinha como garoto-propaganda; uma página da revista Acrópole sobre o projeto do edifício Mainumbi em São Vicente; e uma entrevista concedida pelo artista ao Museu Lasar Segall em 1977. Tais elementos abrem possibilidades para discutir sua produção não somente ligada ao histórico grupo Ruptura, mas acerca de outras atuações no ambiente urbano e na arte contemporânea. O estudo visa contribuir para a historiografia da arte concreta no Brasil por meio de novas leituras sobre o trabalho de um artista central para o debate concretista.

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Biografia do Autor

  • Ana Avelar, Universidade de Brasília. Instituto de Artes

    Professora do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade de Brasília (UnB).

  • Renata Rocco, Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

    Doutora em Teoria e Crítica de Arte pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (USP) e assistente de Curadoria do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.

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Publicado

2025-12-16

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Artigos

Como Citar

Avelar, A., & Rocco, R. (2025). Entre “Sacigiotto” e “Sacigropius”: o ateliê, a cidade e o legado público de Luiz Sacilotto. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 1(92), e10766. https://doi.org/10.11606/2316901X.n92.2025.e10766