O último conto policial de Borges e o que havia no labirinto
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i48p77-106Palavras-chave:
Borges, literatura argentina, conto, gênero policial, modelos de leituraResumo
Este ensaio propõe duas hipóteses diferentes, conquanto relacionadas. Por um lado, sugere que o conto"Abenjacan, o Bokari, Morto em Seu Labirinto" foi escrito de modo que o papel do detetive deve estar a cargo do leitor. Esse é um modelo que o próprio Borges propusera no"Exame da obra de Herbert Quain". Sustento que a solução ofere cida ao final do conto é apenas hipotética e proponho uma possível solução alternativa. Por outro lado, situo tal conto no quadro mais geral da poética narrativa de Borges e de sua concepção do leitor. A idéia central é que tal poética deve ser vista como a invenção de um novo leitor, que surge da combinação de dois modelos de leitura fortes e em muitos sentidos opostos: aqueles proporcionados pelo texto sagrado, e pelo gênero policial. Sustento que esta combinação sem precedentes é uma das principais contribuições de Borges à renovação do conto como gênero, e que sua virtuosa execução naquele conto permite reavaliá-lo como uma peça central na sua narrativa.Downloads
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Publicado
2009-03-01
Edição
Seção
Artigos
Licença
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Como Citar
Ruiz, P. M. (2009). O último conto policial de Borges e o que havia no labirinto . Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 48, 77-106. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i48p77-106