Sobre anjos e irmãos: cinquenta anos de expressão política do “crime” numa tradição musical das periferias
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i56p43-72Palavras-chave:
periferia, música, crime, política, etnografia.Resumo
A bibliografia sobre as periferias urbanas, sobretudo em São Paulo,enfatizou sucessivamente a ação política dos movimentos de trabalhadores
(anos 1970-1980) e a “violência urbana” (anos 1990-2000). A relação entre “política” e “violência” foi, entretanto, muito pouco discutida, como se “trabalhadores” e “bandidos” não coexistissem no tempo e no espaço e não construíssem mutuamente suas histórias de vida. Este ensaio se dedica a pensar essa relação, tomando como objeto heurístico a recuperação de fragmento da letra da canção “Charles Junior”, de Jorge Ben (1970), na abertura do álbum Nada como um dia após o outro dia dos Racionais MC’s (2002). Estudando a tradição expressiva condensada nessa citação, discuto as últimas cinco décadas de construção social do “crime” como guardião legitimado de valores políticos como paz, justiça, liberdade e igualdade em
territórios das periferias urbanas.
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Publicado
2013-12-18
Edição
Seção
Dossiê Culturas da Periferia
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Como Citar
Feltran, G. S. (2013). Sobre anjos e irmãos: cinquenta anos de expressão política do “crime” numa tradição musical das periferias. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 56, 43-72. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i56p43-72