"Reconhecimento de Nêmesis": momentos do Grã Cão

Autores

  • Ivone Daré Rabello Universidade de São Paulo / Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i29p61-73

Palavras-chave:

Literatura brasileira, teoria literária, poesia brasileira, crítica literária.

Resumo

O poema "Reconhecimento de Nêmesis", pertencente ao livro "A costela do Grã Cão", de Mário de Andrade, é neste ensaio interpretado a partir de uma análise estilística e temática. No texto, o eu lírico revela a si mesmo um outro de si -- o menino de sua infância, que o invade -- e representa o mundo dos homens comuns como antagônico a ele. A partir desses temas da cisão interna e do desacordo com o mundo, o ensaio investiga de que maneira se constrói o texto, na unidade formal/sentido, privilegiando e tensão existente entre dois ritmos: o do mundo, que uniformiza, e o da poesia, que resiste. Dessa tensão resulta a exibição da fratura do eu poético e sua impossibilidade de marchar no compasso dos homens comuns. Com essa leitura, o ensaio finaliza apontando alguns dados interpretativos para os livros "A costela do Grã Cão" e "Livro azul", entendidos como momentos complementares da produção de Mário de Andrade: do ser que gera sua obra na dor ao ser que prega o reino da liberdade, na construção exorcizante e revolucionária da poesia.

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Biografia do Autor

  • Ivone Daré Rabello, Universidade de São Paulo / Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
    Pós-graduanda na área de Teoria Literária da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.

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Publicado

1988-12-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Rabello, I. D. (1988). "Reconhecimento de Nêmesis": momentos do Grã Cão. Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, 29, 61-73. https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i29p61-73