Identificação de fatores e grupos de risco de infecção com Schistosoma mansoni: uma estratégia para implementação de medidas de controle?

Autores/as

  • Pedro Coura-Filho
  • Roberto Sena Rocha
  • Marcio Willian Farah
  • Grace Carolina da Silva
  • Naftale Katz

Palabras clave:

Schistosomiasis control-Brazil, Risk factors

Resumen

Um programa de controle da esquistossomose mansoni em Peri-Peri, (Capim Branco, MG), durante catorze anos reduziu a prevalência de 43,5 para 4,4%; a incidência de 19,0 para 2,9%: a média geométrica do número de ovos de 281 para 87 e o índice da forma hepatoesplênica de 5,9 para 0,0%. Em 1991, após três anos de interrupção do programa, a prevalência subiu para 19,6%. Neste distrito que é formado pelas localidades de: Barbosa (rural) e Peri-Peri propriamente dita (urbana), em 1991, as prevalências foram respectivamente de 28,4% e 16,0%. A análise multivariada de fatores de risco para a infecção esquistosomótica apontou a atividade agrícola peridomiciliar com risco atribuível populacional (RAP) de 29,93%, a distância (< 10m) da residência à fonte de água natural (RAP = 25,93%) e pescar semanalmente (RAP = 17,21%) como sendo responsáveis por infecções na área rural. As medidas de controle apontadas para esta área foram: irrigação não artesanal e afastamento das valas de irrigação para mais de dez metros das residências. Na urbana, foi observado que nadar semanalmente (RAP = 20,71%), exercer atividade agrícola peridomiciliar diariamente (RAP = 4,07%) e não ter água potável intradomiciliar (RAP = 4,29%) foram responsáveis por infecções. Para a área urbana as medidas apontadas foram criar opções de lazer para a população, substituir a irrigação artesanal por outro tipo que evite o contato com águas e fornecer água potável intradomiciliar. Observa-se que na área rural o RAP dominante foi devido a atividade agrícola peridomiciliar diária e na urbana, nadar por lazer. Os autores chamam a atenção para a necessidade de se avaliar a eficácia da técnica de análise de fatores de risco para esta endemia antes de usá-la em larga escala como indicador de medidas de controle.

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Publicado

1994-06-01

Número

Sección

Epidemiology

Cómo citar

Coura-Filho, P., Rocha, R. S., Farah, M. W., Silva, G. C. da, & Katz, N. (1994). Identificação de fatores e grupos de risco de infecção com Schistosoma mansoni: uma estratégia para implementação de medidas de controle? . Revista Do Instituto De Medicina Tropical De São Paulo, 36(3), 245-253. https://revistas.usp.br/rimtsp/article/view/29161