Nômades: as práticas errantes no ensino, na pesquisa e na extensão em arquitetura e urbanismo – Por um (re)conhecimento urbano
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2021.160287Palavras-chave:
Práticas errantes, Ensino, Pequisa e Extensão, Reconhecimento urbanoResumo
Este artigo apresenta algumas reflexões sobre os desdobramentos de ações realizadas em um contexto paulista e discute as novas experiências que temos realizado em solo catarinense, para atualizar o legado de artistas e arquitetos em suas práticas errantes. Cercados de nomadismos, queremos explicitar uma proposta de contaminação do Ateliê de Projeto com o ambiente urbano, diante da difícil tarefa de descrever as conformações urbanas contemporâneas. Um esforço de percepção que tenta assimilar deambulações, derivas e a prática do caminhar, no ensino de graduação e de pós-graduação, além do seu atrelamento às pesquisas de iniciação científica e de mestrado que orientamos em contextos citadinos bastante diversos, tendo em vista, ainda, os possíveis rebatimentos na extensão universitária, rumo a um (re)conhecimento urbano.
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