Patrimônio industrial prudentino na perspectiva da “Dialogia”: o caso da I.R.F. Matarazzo S/S.
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2025.195722Palavras-chave:
patrimônio industrial, Presidente Prudente, método dialógicoResumo
As Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (I.R.F. Matarazzo S/S) se instalaram na cidade de Presidente Prudente, entre 1937 e 1940, e operaram até a década de 1970. Após a aquisição pela Prefeitura Municipal, as antigas instalações foram adequadas para abrigar o Centro Cultural Matarazzo, inaugurado em 2009. O trabalho analisa se a intervenção contemporânea realizada levou à preservação dos seus valores históricos, artísticos e científicos. O trabalho adota o Método Dialógico de Bakhtin, Ricouer e Muntañola, além de Teorias de Restauro e Cartas Patrimoniais Internacionais, compreendendo duas etapas. A primeira trata do bairro/distrito e dos princípios da restauração. A
segunda volta-se à intervenção no conjunto Matarazzo. Como resultado, constataram-se relações harmônicas com o entorno/bairro, compatibilidade de uso (centro cultural) e restauração do pátio principal e das fachadas, embora persistam conflitos, como oquiosque, a escada interna de concreto e alteração das esquadrias.
Downloads
Referências
ABREU, Dióres Santos. Formação histórica de uma cidade pioneira paulista: Presidente Prudente. Presidente Prudente: Editor: FFCLPP, 1972.
ALSINA, João Aurelio Luna; GOMES, Daniel Machado. “Direito à memória, lugares de memória e patrimônio cultural”. Coletâneas acadêmicas IV. Curso de Direito / Daniel Machado Gomes, Maria Paulina Gomes [org.]. Rio de Janeiro: Facha Editora, p. 7-18, 2000.
BAKHTIN, Mikhail Mjkhailovitch. Estética da criação verbal. Coleção Ensino Superior. Tradução do francês por Maria Emsantina Galvão G. Pereira. Revisão de tradução de Marina Appenzellerl. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BARON, Cristina Maria; PAIVA, Suzana Cristina Fernandes. “Complexo industrial e patrimônio urbano em Presidente Prudente”. In: Cidades do Interior Paulista: Patrimônio urbano e arquitetônico / Evandro Fiorin; Hélio Hirao [Org.]. Jundiaí: Paco Editorial; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015.
BOITO, Camillo. Os restauradores. Tradução de Paulo Mugayar Kühl, Beatriz Mugayar Kühl. 3ª Edição. Cotia: Ateliê Editorial, 2008.
BRANDI, Cesare. Teoria da Restauração. Tradução de Beatriz Mugayar Kühl. Cotia: Ateliê Editorial, 2004.
BRASIL. [Constituição]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Centro Gráfico, 1988.
CARDOSO, Renata dos S.; AMORIM, Margarete C. de C. T. “Características do clima urbano em Presidente Prudente/SP a partir de dados de temperatura e umidade relativa do ar e técnicas de sensoriamento remoto”. Revista do Departamento de Geografia-USP, Volume 28 (2014), p. 39-64.
CHOAY, Françoise. A alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade, 2001.
CONDEPHAAT [processo de tombamento]. Processo n°. 001/87. Processo de tombamento das Antigas Instalações das I.R.F. Matarazzo S/A em Presidente Prudente. Presidente Prudente: CONDEPHAAT de Presidente Prudente, 1987.
CONSELHO DA EUROPA. Declaração de Amsterdã, 1995.
DEZEN-KEMPTER, Eloísa. O lugar do Patrimônio Industrial. Tese (Doutorado em história). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, p. 329, 2011.
FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & Diálogo: as ideias linguísticas do círculo de Bakhtin. / Carlos Alberto Faraco. 1ª Edição. São Paulo: Parábola, 2020. E-book Kindle.
FIORIN, Evandro; NOVAES, Bruno V da P.; MARCONDES, Ana B de S. “Território híbrido: Fronteira da linha férrea de Presidente Prudente-SP”. Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades, v.02, n.11, 2014, pp. 01-14.
GOVERNO DA ITÁLIA. Carta do Restauro, 1972.
ICOMOS. [Cartas patrimoniais]. Carta de Burra, 1980. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Burra%201980.pdf. Acesso em: 04 mai. 2021.
ICOMOS. [Cartas patrimoniais]. Carta de Veneza, 1964. Disponível em:
http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Carta%20de%20Veneza%201964.pdf. Acesso em: 17 jan. 2020.
IPHAN. [Publicações]. “Proteção e Revitalização do Patrimônio Cultural no Brasil: uma trajetória”. Publicações da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília, n.31, 1980.
KUHL, Beatriz Mugayar. “Notas sobre a Carta de Veneza”. Anais do Museu Paulista. São Paulo, v.18, n.2., p. 287-320, jul-dez, 2010.
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. 3ª Edição. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2011.
MARQUES, João André Guardado. Ideal industrial: para uma abordagem conceptual à intervenção no património industrial. Dissertação (Mestrado em Arquitetura integrado). Faculdade de Ciências e Tecnologias, Universidade de Coimbra. Coimbra, p. 193, 2017.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. “O Campo do Patrimônio Cultural: uma revisão de premissas”. (Conferência Magma). Ouro Preto, I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural, p. 25-39, 2009. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/4%20-%20MENESES.pdf. Acesso em: 29 dez. 2020.
MUNTANÕLA, Josep Thornberg. Topogénesis: fundamentos de una nueva arquitectura. Barcelona: UPC, 2000.
NORA, Pierre. “Entre história e memória: a problemática dos lugares”. Tradução de Yara Aun Khoury. Revista Projeto História. São Paulo, v. 10, p. 7-28, dez, 1993.
PALLASMAA, Juhani. Essências. São Paulo: Gustavo Gili, 2018.
PAMPANA, Antônio Edevaldo. Arquitetura contemporânea em contextos históricos, uma relação dialógica: a praça das artes em São Paulo. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Bauru, p. 153, 2017.
PRESIDENTE PRUDENTE (SP). Livro n. 2 de Registro Geral, 1, Oficial de Registro de Imóveis de Presidente Prudente/SP.
PRESIDENTE PRUDENTE: Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo do Município – Plano Diretor Lei 231/2018.
RICOEUR, Paul. “Arquitectura y narratividad”. Revista Arquitectonics. Mind, Land & Society, Barcelona, UPC, n. 4, p. 9-29, 2002.
RIEGL, Alois. O Culto Moderno dos Monumentos. Goiania: Editora da UCG, 2006.
RODRIGUES, Ângela Rösch; CAMARGO, Mônica Junqueira de. “O uso na preservação arquitetônica do patrimônio industrial da cidade de São Paulo”. Revista CPC. São Paulo, n. 10, p. 140-165, out., 2010.
RUFINONI, Manoela Rossinetti. Preservação e restauro urbano: intervenções em sítios históricos industriais. São Paulo: Fap-Unifesp: Edusp, 2013.
SALCEDO, Rosio Fernández Baca. “Parâmetros para assegurar sustentabilidade e moradia adequada nos centros históricos da América Latina”. Revista Latino-americana de Ambiente Construído & Sustentabilidade, v. 1, n. 4 (2020), p. 28-34, 2020.
SILVA, Ronaldo André Rodrigues da. “O Patrimônio Industrial Brasileiro: Reflexões à memória e história do Século XX”. Sítios Históricos e Centros Urbanos/ Jeanine Mafra Migliorini [org.]. Ponta Grossa: Atena Editora, 2018.
TICCIH. [Cartas patrimoniais]. Carta de Nizhny Tagil sobre patrimônio industrial. Nizhny Tagil: TICCIH, 2003.
TICCIH. [Cartas patrimoniais]. Os Princípios de Dublin. Dublin: ICOMOS-TICCIH, 2011.
VICHNEWSKI, Henrique Telles. As indústrias Matarazzo no interior paulista: arquitetura fabril e patrimônio industrial (1920 – 1960). Dissertação (Mestrado em História). Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, p. 282, 2004.
ZÚQUETE, Ricardo. Ensaios: Uma análise dialógica sobre habitação social - Portugal 1950/80. Tese (Doutorado em Arquitetura). UPC, Escola Tècnica Superior d’Arquitectura de Barcelona. Barcelona, p. 345, 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Jacqueline Sana, Rosiio Fernández Baca Salcedo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).











