Intervenções no habitat camponês: uma leitura crítica sob a perspectiva da tecnologia social decolonial
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2023.203857Palavras-chave:
habitat camponês, desenvolvimento, tecnologia socialResumo
O objetivo deste artigo é contribuir para a construção de um quadro teórico-conceitual voltado para a compreensão crítica do habitat camponês. Metodologicamente, recuperamos alguns desenvolvimentos teóricos no campo dos estudos decoloniais para após traçar uma conceituação de tecnologia social que leva os elementos fundamentais desta perspectiva teórica. Esta conceitualização visa produzir um dispositivo analítico que permita uma leitura crítica das intervenções do Estado no domínio do habitat rural-camponês. A sua principal virtude é provocar a desnaturalização de três associações: entre “pobreza” e “erradicação”, entre “ruralidade” e “atraso” e entre “tecnologia” e “neutralidade”. A partir daí, propõe-se contribuir para a gestação de tecnologias expressamente políticas que, ao invés de erradicar, buscam resgatar saberes camponeses e que, ao invés de modernizar, buscam fortalecer seus modos de viver.
Downloads
Referências
BOLETÍN OFICIAL DEL DEPARTAMENTO DE ESTADO DE ESTADOS UNIDOS. 30 de febrero de 1949.
CEJAS, Noelia. Para descolonizar el hábitat rural: Un análisis de la matriz colonial de las políticas públicas habitacionales en Córdoba, Argentina. Revista Territorio, 43, 2020.
CEJAS, Noelia. Procesos comunicacionales en prácticas de co-construcción de conocimiento. Tesis doctoral. inedita. Doctorado en Estudios sociales de América Latina. UNC, 2014.
DAGNINO, Renato. Neutralidad da ciencia e determinismo tecnológico: um debate sobre a tecnociência. Campinas: UNICAMP, 2008.
DAGNINO, Renato. Tecnologia Social. Contribuições conceituais e metodológicas. Campina Grande: EDUEPB, 2014.
ESCOBAR, Arturo. La invención del Tercer Mundo. Construcción y deconstrucción del desarrollo. Caracas: El perro y la rana, 2007.
GAGO, Verónica. La razón neoliberal. Economías barrocas y pragmática popular. Buenos Aires: Tinta Limón, 2014.
MANDRINI, María Rosa, CEJAS, Noelia y BAZÁN, Agustina. Erradicación de ranchos ¿erradicación de saberes? Reflexiones sobre la región noroeste de la provincia de Córdoba, Argentina. En Revista Anales de Arquitectura n°48, Facultad de Arquitectura, UBA, p. 83-94, 2018.
MIGNOLO, Walter. Historias locales/diseños globales: colonialidad, conocimientos subalternos y pensamiento fronterizo. Madrid: Akal, 2003.
SESMA, M. Inés y MARTÍNEZ COENDA, Virginia. La regulación del hábitat rural en Córdoba. Una lectura crítica del Plan de Sustitución de la Vivienda Rancho. RevIISE, 14, pp. 109-120, 2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Una epistemología del sur: la reivindicación del conocimiento y la emancipación social. México: Siglo XXI. CLACSO, 2010.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Renovar la teoría crítica y reinventar la emancipación social. Buenos Aires: CLACSO, 2006.
THOMAS, Hernán. Tecnologías para la inclusión social y políticas públicas en América Latina. I Encuentro internacional de culturas científicas y alternativas tecnológicas, Buenos Aires, Argentina, 2009.
VANOLI, Fernando y CEJAS, Noelia. Una trampa moderna para el hábitat rural. Desarrollo y procesos de (des/re)territorialización en Córdoba, Argentina. Revista Economía, Sociedad y Territorio, 2022.
WALSH, Catherine ¿Son posibles unas ciencias sociales/culturales otras? Reflexiones en torno a las epistemologías decoloniales. En Nómadas (26) pp. 102-113, 2007.
WINNER, Langdon. La ballena y el reactor. Una búsqueda de los límites en la era de la alta tecnología. Barcelona: Gedisa, 2008.
WINNER, Langdon. Tecnología autónoma. Barcelona: Gustavo Gili, 1977.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Noelia Cejas, Virgínia Martinez Coenda

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution BY-NC-SA que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).