Gente “Diferenciada”. A Classe Criativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.223819

Palavras-chave:

classe criativa, distinção, cidade criativa, economia criativa

Resumo

A crise do capitalismo impulsiona a reestruturação dos meios de produção, valorizando a cultura e a criatividade como motores do desenvolvimento urbano. O conceito de "classe criativa" de Richard Florida sugere que trabalhadores com habilidades criativas e inovadoras são impulsionadores do crescimento econômico. No entanto, essa visão tem sido criticada por sua postura elitista e mercadófila ao ignorar a diversidade e a criatividade que já fazem parte das manifestações autóctones dos territórios. Utilizando o ferramental analítico de Pierre Bourdieu, que destaca as relações de poder, capital cultural e distinção social, este artigo demonstra que o conceito de classe criativa se baseia em uma noção restrita da criatividade. Conclui-se que o conceito de classe criativa é uma ferramenta limitada para compreender os territórios, devendo ser explicitada e abordada criticamente para que, ao se pensar uma fórmula de atuação no âmbito das Cidades Criativas, se chegue a uma visão mais abrangente e inclusiva da criatividade, procurando superar a hegemonia neoliberal.

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Biografia do Autor

  • Daniel Motta, Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

    É Bacharel em Música, Doutorando na Facul-dade de Engenharia Civil, Ar-quitetura e Urbanismo da Uni-versidade Estadual de Campinas - Unicamp

  • Sidney Bernardini, Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

    É Arquiteto e Urbanista, Professor do Departamento de Arquitetura e Construção da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp.

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Publicado

2024-08-21

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Motta, D., & Bernardini, S. (2024). Gente “Diferenciada”. A Classe Criativa. Risco Revista De Pesquisa Em Arquitetura E Urbanismo (Online), 22(1), e-223819. https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.223819