Um outro cassino: arquitetura, cidade e historiografia à margem
DOI:
https://doi.org/10.11606/1984-4506.risco.2024.224036Palavras-chave:
Historiografia, narrativas, geografia, arquitetura moderna, cassinoResumo
De viés historiográfico, o artigo parte da análise do cassino construído às margens da lagoa do Parque Solon de Lucena, em João Pessoa/PB, para discutir a natureza da produção do conhecimento em história da arquitetura moderna brasileira. Entre o local e nacional, entre o edifício individual, histórica e geograficamente situado, e o andamento da cultura arquitetônica moderna em formação na década de 1930, a ambiguidade que atravessa a realização do cassino é oportuna para discutir os modos usuais de produção de narrativas, o ordenamento que instaura entre distintos objetos e a dimensão geográfica do conhecimento historiográfico e suas implicações. Embora ignorada, a consideração do lugar desde onde se escreve a história da arquitetura, sua geografia, é vital ao entendimento do teor das narrativas, seu caráter discricionário e o sistema de valores que opera no arranjo de objetos, personagens e passagens em relatos pretensamente de largo alcance explicativo.
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